O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPES), deflagrou na manhã desta terça-feira (15), em São Mateus e Nova Venécia, regiões norte e noroeste, a operação denominada “Bota Preta”. Foram deferidos e cumpridos, nas duas cidades, sete mandados de buscas e apreensão, seis mandados de prisão e um de afastamento.
Os inspetores Júlio Cezar, Ailton Santos e Carlos Nascimento foram presos pelo Gaeco e pela Polícia Civil, com o apoio da Diretoria de Inteligência Prisional (DIP) da Secretaria de Justiça (Sejus) e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES. O inspetor José Carlos dos Santos não foi encontrado e, portanto, como existe mandado de prisão em desfavor dele, está automaticamente na condição de foragido da Justiça. Também foram presos dois parentes de presos denunciados na operação.
Eles são acusados de terem facilitado a fuga dos presos Lucimar de Jesus Pereira, o “Japão”, Elá Nunes Júnior, Josiel Silva Rodrigues, Vagner dos Santos da Costa e Valdemi dos Santos de Oliveira, também denunciados, da Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM), na madrugada do dia 15 de janeiro de 2018, em troca do pagamento de R$ 150 mil, que foi dividido entre os quatro inspetores.
O Ministério Púbico do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de São Mateus, ofereceu denúncia em desfavor dos inspetores penitenciários Júlio Cezar Barbosa, José Carlos dos Santos Brito, Ailton Santos Souza e Carlos Charles Nascimento. Eles são acusados de terem facilitado a fuga dos presos Lucimar de Jesus Pereira, o “Japão”, Elá Nunes Júnior, Josiel Silva Rodrigues, Vagner dos Santos da Costa e Valdemi dos Santos de Oliveira, também denunciados, da Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM), na madrugada do dia 15 de janeiro de 2018, em troca do pagamento de R$ 150 mil, que foi dividido entre os quatro inspetores.
A operação contou com apoio da Polícia Civil e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, após investigação iniciada em janeiro deste ano de um esquema de corrupção e facilitação de fuga de presos no município de São Mateus, entre outros crimes, que, em tese, configuram organização criminosa dirigida à prática de corrupção passiva, prevaricação, corrupção ativa, favorecimento real, fuga de pessoa presa (artigos 317, §1º, 319-A, 333, 349-A e 351, §1º do Código Penal) e organização criminosa (art. 2º, §1º c/c §4º, inciso II da Lei nº 12.850/2013).
Os mandados foram deferidos com base em investigações preliminares e interceptações telefônicas autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).
Participam da operação seis promotores de Justiça, servidores do MPES, 15 policiais militares so Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar, 13 policiais civis, nove agentes da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e sete delegados da Polícia Civil (PC), além do Departamento de Inteligência da PC.
O nome da operação, Bota Preta, segundo o MPES, faz referência à forma como são chamados pelos presos os inspetores penitenciários, antigos agentes.