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CPI apura fim de convênio entre EDP e Banestes

O presidente do Banestes, Michel Sarkis, compareceu nesta terça-feira (15) à reunião extraordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação de Tributos. Ele prestou esclarecimentos sobre o fim do convênio entre o banco e a EDP, distribuidora de energia elétrica no Espírito Santo.
 
Com o encerramento do convênio, longas filas têm se formado para o pagamento das contas de energia. De acordo com o presidente da CPI, Enivaldo dos Anjos (PSD), a dificuldade enfrentada pelos consumidores capixabas para quitarem seus débitos também gerou perda de arrecadação ao Estado. 
 
Questionado sobre uma possibilidade de entendimento entre o banco e a EDP, Sarkis explicou que a parceria continua funcionando de forma eletrônica (caixas eletrônicos e internet banking) e na modalidade de débito automático. O presidente, no entanto, disse que o convênio vinha gerando prejuízos ao banco.  
 
O convênio foi rompido entre a concessionária e os correspondentes bancários e, segundo ele, foi uma decisão da empresa distribuidora de energia. “Essa relação depende de uma contratação feita pela EDP. O Banestes não tem como se posicionar a respeito disso”, justificou.
 
Enivaldo dos Anjos não se sentiu contemplado com a justificativa. Para ele, o Banestes, sendo um banco público, tem uma função social. “A instituição precisa mudar esse raciocínio”, disse. 
 
Sarkis contrapôs que, se o banco tem prejuízo, o Estado também tem, já que ele é o maior acionista da empresa. “Eu tenho todo interesse em prestar serviço para a EDP. O que não dá para o Banestes fazer é subsidiar as tarifas para uma empresa privada”, explicou. 
 
O deputado Sergio Majeski (PSB) também participou dos trabalhos. O parlamentar disse que compreende o posicionamento do Banestes, mas que a população não poderia ser prejudicada dessa forma. “Eu entendo o argumento do presidente do Banestes de que não tem de prestar serviço de graça para uma empresa privada, mas entendo também que não se pode deixar a população nessa situação”, comentou. 
 
Como o diretor-presidente de operações de distribuição da EDP, Michel Nunes Itkes, não compareceu à reunião, os parlamentares decidiram reconvocá-lo para a próxima, que será realizada na próxima terça-feira (22). Caso ele não compareça novamente, Itkes deverá ser conduzido coercitivamente para depor na CPI. 

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