Mais uma escola da serra foi novamente invadida e danificada. Dessa vez, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Padre Gabriel, em Jardim Carapina, que foi arrombada e teve janelas e outras parte de sua estrutura depredadas na madrugada desta segunda-feira (21). Diretores do município exigem mais segurança nas portas das unidades, que têm sido invadidas frequentemente.
O local ainda teve vários equipamentos escolares levados. Algumas escolas do município já foram invadidas mais de 20 vezes, só neste ano.
A principal reclamação dos trabalhadores é a falta de vigilantes que, desde 2015, tiveram seus contratos encerrados por corte de gastos. O pouco patrulhamento nos finais de semana e durante a noite facilita as ações contra os prédios escolares.
Para Daniel Teixeira Rodrigues, diretor da escola, a insegurança no município é geral e esses incidentes interferem no calendário escolar. Com o ocorrido, as aulas da parte da manhã tiveram que ser canceladas e terão que ser repostas, em data ainda não definida.
“As autoridades dizem que vigilância é caro. Mas, sem esse profissional, acaba acontecendo situações como essa e o prejuízo é enorme, é um dinheiro que poderíamos investir na escola”, criticou.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) têm constantemente denunciado o descaso com a segurança das escolas públicas da Serra. Desde que os contratos com os vigilantes foram encerrados, na gestão do prefeito Audifax Barcelos (Rede), as escola vivem à mercê dos bandidos.
“Além de roubar, invadir e vandalizar as escolas do município, também aterrorizam pais e professores realizando assaltos e roubos nas portas e imediações das unidades, deixando um rastro de terror na rede municipal”, afirmou Paulo Loureiro, diretor de assuntos jurídicos do Sindiupes.
Na próxima quarta-feira (23), será realizada a 3ª Assembleia Geral dos Trabalhadores em Educação da Serra e a insegurança nas escolas é uma das pautas a serem debatidas pela categoria.