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Governo anuncia fim da greve dos caminhoneiros no Estado

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) comunica o fim da greve dos caminhoneiros no Espírito Santo. Os 39 pontos de protesto que iniciaram o movimento caíram para 19 nessa quarta-feira (30), até o total esvaziamento. A decisão dos responsáveis pelos 830 veículos que ainda resistiam às margens das vias estaduais e federais – do total de 2.614 – foi tomada após às 21 horas, completando dez dias de greve.
 
“Todas as rodovias estaduais e federais do Espírito Santo estão livres para tráfego de veículos, transporte público, caminhões e cargas”, garantiu a Sesp.
 
A paralisação se encerrou no mesmo dia em que a Polícia Militar iniciou a operação Rota Segura, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para garantir a livre circulação de caminhões na ES-060 (Rodovia do Sol), de Presidente Kennedy, sul do Estado, até a Região Metropolitana da Grande Vitória, e na BR-101, saindo da Grande Vitória até Conceição da Barra, região norte. As vias não ficaram bloqueadas para trânsito.
 
O enfraquecimento do movimento ocorre em todo o País, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Também nessa quarta, a queda no número de pontos de concentração de caminhoneiros nas estradas foi considerada acentuada, saindo de 544 pontos registrados pela PRF para 197. A estimativa do governo federal é de cinco a sete dias para normalizar o abastecimento no País. Esse prazo ocorre porque os caminhões estão aptos a rodar, mas a disponibilidade de combustível ainda é menor do que o necessário.
 
De acordo com balanço feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), nos estados do Rio de Janeiro, Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Ceará e em cidades paulistas como São Paulo, Campinas e Sorocaba, o fornecimento de combustíveis já ocorre sem problemas.
 
Petroleiros
 
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) recomendou, nesta quinta-feira (31), a suspensão da greve temporária de 72 horas da categoria, iniciada na última terça-feira (29). Segundo a entidade, e nota, a suspensão representa um recuo momentâneo e necessário para a construção de uma greve por tempo indeterminado.
 
A FUP aponta, para a decisão, as recentes decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e tentativa criminalização dos movimentos sociais e sindicais. O Tribunal considerou a greve abusiva e determinou uma multa diária de R$ 500 mil contra o movimento, aumentando-a, posteriormente, para R$ 2 milhões. 

 
“Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denuncia”, aponta a Federação. A entidade critica, ainda, que “mesmo ciente de que a greve de advertência da categoria não causaria riscos de desabastecimento, [o TST] tomou a decisão arbitrária e política de decretar a ilegalidade do movimento”.
 
Ainda de acordo com a nota, os petroleiros saem da greve “de cabeça erguida”, por terem “desmascarado” os interesses privados e internacionais que pautam a atual gestão da estatal.

A greve, que teve adesão da categoria no Espírito Santo seria encerrada à meia-noite desta sexta-feira (1º). Em pauta, a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis; manutenção dos empregos e retomada da produção das refinarias a plena carga; fim das importações de derivados de petróleo; não às privatizações e ao desmonte do Sistema Petrobras; e saída de Pedro Parente do comando da estatal.

 
 

 

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