Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) de Aracruz, norte do Estado, decidiram em assembleia geral realizada na tarde dessa sexta-feira (8), na Câmara de Vereadores, um indicativo de greve da categoria por um período de 10 dias. Os agentes cobram da gestão do prefeito, Jones Cavaglieri (SD), que se posicione em relação às demandas por melhores condições de trabalho.
O secretário do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES), Jovânio Barbosa de Oliveira, diz que questionamentos e pedidos da categoria não estão sendo atendidos pela prefeitura. O que está pendente hoje, que a categoria reivindica, são melhorias nas condições de trabalho e uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs). “Quando falamos de condições de trabalho, é também sobre o baixo número de profissionais, que acaba sobrecarregando os agentes, explica Jovânio.
Em Aracruz, há um déficit em relação aos Agentes de Combate às Endemias. São 64 na lista, porém, efetivamente trabalhando no campo, são pouco mais de 40, já que alguns acabam trabalhando em outras funções internamente, como supervisores.
Além disso, esses profissionais não são devidamente uniformizados. Começaram a ser entregues camisas para os Agentes de Combates às Endemias, mas os Agentes de Saúde continuam sem uniforme. Há mais de três anos as categorias também não recebem protetor solar, nem algum tipo de identificação, como crachás.
Outro problema é com relação à insalubridade dos Agentes Comunitários de Saúde. Segundo Jovânio, a prefeitura não paga essa adicional, um direito garantido por lei, o que tem gerado a insatisfação dos profissionais. A administração municipal, porém, sequer responde à reivindicação.