A Câmara de Vila Velha aprovou, nessa quarta-feira (13), o reajuste de 3% para os servidores municipais do magistério retroativo ao último mês de maio. A ação se deve ao que foi deliberado nas reuniões da Comissão de Negociação da prefeitura, instituída por meio de decreto do prefeito Max Filho (PSDB) para tratar das questões relativas aos servidores da educação
As reuniões já duram desde o ano passado, ocorrendo uma vez a cada mês ou a cada dois meses. O processo para o reajuste salarial foi marcado por diversos atos, manifestações e protestos organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e com ampla presença da categoria.
Durante as audiências com representantes da administração municipal, os professores e o Sindicato reivindicaram no, mínimo, o índice de reajuste do piso salarial de 6,81% referente à perda de 2018 do índice nacional e o pagamento das perdas históricas, que já chegam a 16%. No entanto, mesmo com a prefeitura reconhecendo essas perdas, a proposta de 3% foi o máximo a que se conseguiu negociar neste momento.
Além do reajuste salarial, o sindicato e os professores chegaram a um desfecho parcial de fornecimento do tíquete alimentação de R$ 100 por matrícula e R$ 200 para quem possui duas matrículas na rede. O auxílio não era oferecido pela prefeitura há dez anos.
De acordo com o secretário de políticas educacionais do Sindiupes, João Paulo de Faria Cardozo, o sindicato continuará em negociação acompanhando a arrecadação e as contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para exigir melhorias na questão salarial da categoria.
“Na próxima mesa de negociação, cobraremos a perda que ainda temos nesse cenário. Esse reajuste é importante, mas repõe uma parcela pequena da inflação, ele não é a totalidade das nossas perdas, não representa nem 20%, 30% delas. Mas continua sendo um começo, uma parcela que já está sendo reposta para os trabalhadores”, afirmou.
Na votação do projeto na Câmara, os vereadores Professor Heliosandro Mattos (PR), Arnaldinho Borgo (PMDB) e Ricardo Chiabai (PPS) se posicionaram de forma crítica em relação ao projeto, mas decidiram votar a favor da proposta, que agora segue para sanção do prefeito.