“Identificação de marcadores específicos para material particulado rico em ferro em regiões urbanas e industrializadas” é o tema do evento que acontece no próximo dia 21 no auditório do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Projeto de extensão universitária em parceria com a ONG Juntos SOS ES Ambiental, o evento objetiva informar a sociedade em geral e à comunidade universitária sobre o desenvolvimento do projeto de pesquisa financiado com recursos da emenda parlamentar PT RES 119857 (fonte 100), organizado pelo Núcleo de Estudos da Qualidade do Ar, do Departamento de Engenharia Ambiental da Ufes.
A abertura acontece às 13h30 e a primeira apresentação às 14h, sobre o subprojeto “Caracterização química do material particulado para determinação da contribuição das fontes existentes na Região Urbana da Grande Vitória na deterioração da qualidade do ar”, coordenado pela professora Jane M. Santos do Departamento de Engenharia Ambiental. Às 14h30, a professora Silvia Tamie, do Departamento de Ciências Biológicas, apresenta o subprojeto “Internalização de nano partículas metálicas presentes no material particulado atmosférico em células de pulmão humano, in vitro”.
O professor José Geraldo Mill, do Departamento de Ciências Fisiológicas, encerra as apresentações, com seus subprojetos “Estudo longitudinal sobre os efeitos da poluição do ar no sistema respiratório de crianças do município de Vitória, ES – Projeto Respirar+” e “Efeitos dos poluentes sólidos na atmosfera na evolução da asma brônquica experimental em ratos”.
O último evento da agenda Ufes & Juntos SOS ES Ambiental aconteceu no dia 22 de maio, trazendo à Capital a professora Maria de Fátima Andrade, do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Na ocasião, a pesquisadora destacou a urgência de se implementar tecnologias, já existentes, que permitem identificar a composição e a origem das partículas que formam o famigerado pó preto que assola a saúde da população da Grande Vitória.
“Todo os estudos que já foram feitos pra tentar elucidar essa dúvida não identificam completamente, mas já existem tecnologias que podem ser aplicadas pra ajudar nessa identificação”, recomendou.
Tais estudos, enfatizou, levam muito tempo e precisam ser permanentes e ágeis. Atualmente, ao contrário, os levantamentos são demorados e a divulgação, mais ainda, o que só favorece a impunidade dos poluidores, Vale e ArcelorMittal. “Na prática, o que eles querem é ganhar tempo”, alertou.