sábado, setembro 21, 2024
22.7 C
Vitória
sábado, setembro 21, 2024
sábado, setembro 21, 2024

Leia Também:

‘Operação abafa’

O acidente da última sexta-feira (10) com a aeronave da Polícia Militar que transportava o governador Paulo Hartung e a primeira-dama, Cristina Gomes, jogou luz numa questão que precisa ser debatida de uma vez por todas no Estado: a falta de transparência no uso dos helicópteros que servem ao governo. Denúncias, mesmo que isoladas, sempre existiram – e com razão -, porém, devidamente ignoradas ou abafadas. Resultado, acima de tudo, de uma classe política que se faz de cega, muda e surda, quando o personagem principal é Paulo Hartung. Aí, quem tem coragem de se posicionar, como fez o deputado estadual Sergio Majeski (PSB), prega no deserto. A movimentação desta terça-feira (14) para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e pedir investigação no Ministério Público Estadual (MPES) sobre o uso do helicóptero, um bem público, para uso pessoal, é mais do que necessária e encontraria eco rápido em vários legislativos no País e também MPs (sem precisar ser provocado). Menos no Espírito Santo. Majeski sabe, como já afirmou, que a missão é árdua. Diria que é impossível, infelizmente. No entanto, servirá para mostrar, mais uma vez, a serviço de quem a Assembleia Legislativa sempre esteve. Do povo capixaba, a não ser raríssimas exceções, não mesmo!

Sete chaves

A utilização de helicópteros da PM para uso pessoal se enquadra no crime de improbidade administrativa. O próprio Majeski já acionou a Casa Militar, no ano passado, para saber dos planos de voos. A resposta existiu, mas não disse nada, aliás, omitiu: “não existem planos de voos”. Oi?

Excessos

Numa hora dessa, caiu como uma luva a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dessa segunda-feira (13) que manteve a condenação do ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso, exatamente por isso. No período em que era vice, utilizou uma aeronave da PM em diversas viagens particulares.

Excessos II

Quem também ficou conhecido no País por se valer deste expediente durante anos foi o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele viajava frequentemente nos helicópteros oficiais, acompanhados de familiares, convidados e aliados, para sua casa de veraneio em Mangaratiba.

Destino certo

A propósito, a região de Domingos Martins, onde caiu o helicóptero que transportava Hartung, é o destino preferido dos políticos do alto escalão e empresários do Estado nos finais de semana e feriados. Muitos deles, como Hartung, têm mansões em Pedra Azul. 

No papel

As recentes mudanças em pastas estratégicas do governo já estão oficializadas. No Diário desta terça, está publicada a exoneração de Paulo Roberto como secretário-chefe da Casa Civil, para assumir a Secretaria de Agricultura, deixada pelo empresário Ideraldo Luiz Lima, que chegou outro dia na equipe, todo animado, mas, pelo visto, não aguentou a vida pública.

No papel II

No mesmo bolo, saiu a nomeação de Giuliano Nader para a pasta até então ocupada por Paulo Roberto, que deve acabar de volta no colo de Zé Carlinhos (PSD), até agora, sem acomodação na disputa deste ano.

Garantido

Zé Carlinhos começou o processo eleitoral cotado como vice-governador do grupo palaciano, depois como candidato ao Senado, aí passou pra suplente de senador e, no final, restou a Câmara dos Deputados, mesmo assim, também sem espaço. Agora já fala que volta para o governo, feliz e contente. Até eu, que sou mais boba.

Virou lenda

O julgamento do recurso do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) no caso que o condenou por nepotismo no período em que era prefeito da Serra, foi adiado pela 14ª vez no Tribunal de Justiça. Ele correria o risco de se tornar ilegível. Correria.

Mudança

O prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), vai transferir de segunda para às quinta-feiras, às 19h30, suas tradicionais reuniões com a população. Por conta do período eleitoral, os locais não serão mais repartições públicas, e terão, a cada semana, divulgação pelas redes sociais e site oficial. 

PENSAMENTO:

“Não é permitido irritarmo-nos com a verdade”. Platão

Mais Lidas