Um grupo de estudantes universitários de Marataízes, no sul do Estado, aprovados para ingresso no atual semestre letivo, corre o risco de perder os estudos. É que a prefeitura, à frente Robertino Batista da Silva (PRP), o Tininho, não produziu a tempo as carteirinhas que autorizam o transporte pela empresa contratada para as sedes dos municípios sedes das escolas.
Alguns deles, que tentaram fazer o embarque sem autorização esta semana temendo os prejuízos acadêmicos com as faltas, foram retirados dos veículos. E impedidos de voltar ao transporte por guardas municipais.
A conquista do transporte dos universitários de Marataízes até as sedes das faculdades em Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari, no Espírito Santo, e Campos, no Rio de Janeiro, é antiga, como relata o estudante Yago Paz. Vem desde a administração Ananias Vieira, na década de 90, diz.
Atualmente o transporte é feito pela Viação Sudeste. Ocorre que a prefeitura de Marataízes não cumpriu a burocracia para identificação dos novos estudantes universitários do município, e muitos não têm como se deslocar e podem ser impedidos de continuar os cursos.
Há o agravante de muitos estudantes serem do interior, e não terem conexão para suas casas quando retornam da faculdade, inclusive no turno noturno.
O estudante destaca que os bolsistas que não tiverem frequência regular podem perder suas vagas. As passagens nos ônibus têm preços proibitivos. Até Guarapari, onde estuda Enfermagem, Yago Paz teria que desembolsar cerca de R$ 25,00 por dia.
Nessa quarta-feira (15), os veteranos tiveram sua situação regularizada pela prefeitura de Marataízes, como disse o estudante. Mas e os calouros, como é que ficam?, quer saber Yago Paz. A burocracia da prefeitura pode afetar um grande número de universitários, se as ações não forem urgentes.
O estudante calcula que somente para Cachoeiro são deslocados dez ônibus diariamente.