O governador Paulo Hartung se apegou mesmo à estratégia de anunciar concursos públicos no formato “pacotão” para tentar encerrar o terceiro mandato com imagem “menor pior” do que parece. Há pouco tempo, ainda no jogo eleitoral, convocou coletiva e fez a primeira graça com o tema, focando na área de Segurança e Justiça. Já nesta segunda-feira (27) caprichou ainda mais: 1.200 vagas para seis órgãos, entre eles, o tão cobrado certame para a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), lotada de contratações por Designação Temporária (DTs). De novo, coletiva, discurso e pose pra fotos. Os editais estão programados para ainda este ano, porque Hartung tem pressa de colher os louros. As contratações, porém, só ocorrerão em 2019, quando o Estado estará sob outro comando. Se não passar de “firula” política e de fato os editais forem lançados, o futuro ocupante do cargo, portanto, já sentará na cadeira com essa conta a pagar. Os concursos que o governador anuncia agora são os mesmos que ele negou durante anos, apesar da demanda, com a justificativa de controle dos gastos, equilíbrio de contas, aquele mantra todo pra lá de conhecido dos capixabas. De uma hora pra outra, apareceu dinheiro em conta para tudo e mais pouco. Já diz o ditado, “de boas intenções”…
Coincidências à parte
O adversário de Hartung, Renato Casagrande (PSB), anunciou outro dia como uma das prioridades do seu plano de governo exatamente o concurso na área de Educação. Do pacote divulgado nesta segunda, quase todas as vagas (mil) são para professores da Sedu.
Ponta da língua
A senadora Rose de Freitas (Podemos) explora o discurso da “primeira mulher a governar o Estado” para convencer o eleitor. “Enfrento o preconceito e me perguntam: será que uma mulher pode governar o Espírito Santo? Pode, sim!”, tem repetido Rose em suas andanças de campanha. Será que emplaca?
Quero só ver…
Casagrande jogou lá no alto a cotação do deputado estadual Da Vitória (PPS) durante o lançamento de sua candidatura à Câmara Federal nesse domingo (26), em Colatina (noroeste do Estado): “Será um dos mais votados nessas eleições”, apostou. A briga é de “peixe grande”!
Às moscas
Mais uma sessão “embromation” na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (27). Para não derrubá-la por falta de quórum, como ocorreu em todos os dias da semana passada, os deputados ficaram enrolando, enrolando…resultado: o tempo até passou, mas a pauta não andou meio passo. Ao invés de 16h, a sessão caiu às 17h17.
Às moscas II
O pior é que os deputados estavam na Casa, mas fazendo politicagem nos gabinetes, com prefeitos e etc. Enivaldo dos Anjos (PSD), que presidia a sessão, pedia pra descer, e nada! Até que Sergio Majeski (PSDB) resolveu criticar – com razão – a necessidade de implorar para que os parlamentares cumpram apenas com sua obrigação. Marcelo Santos (PDT) ainda teve disposição de tentar justificar o injustificável. Ah, para!
Caos
Ainda na sessão desta segunda, os deputados do PSB, de Casagrande, resolveram falar de uma das áreas crítica do governo Hartung, a segurança pública. Bruno Lamas e Freitas voltaram na greve da Polícia Militar de fevereiro de 2017, para chegar no caos atual.
Dindim
Por falar em Majeski, ele aderiu a mais uma alternativa para arrecadar recursos de campanha. Nesta quinta-feira (30), o deputado realiza um “Jantar de Adesão”, às 19h, no cerimonial Vilani, Mata da Praia, Vitória. Os ingressos custam R$ 200 por pessoa. “Para continuar um trabalho independente, não posso depender de financiamentos interesseiros”, defende Majeski.
Nacional
A condenação e bloqueio de bens imposto ao ex-secretário de Estado de Obras Públicas, Fábio Damasceno, acusado de improbidade, circulam pela imprensa nacional. Resultado do atual cargo que ocupa, de secretário de Mobilidade do Distrito Federal.
Migalha?
Em Castelo, sul do Estado, a Câmara de Vereadores aprovou lei do prefeito Luiz Carlos Piassi (MDB) que concede reajuste de 2,95% dos salários dos servidores municipais. Na Capital, índice semelhante (3%) oferecido por Luciano Rezende (PPS) ficou engasgado na goela do funcionalismo. Também…
PENSAMENTO:
“O dinheiro não modifica o homem, apenas o desmascara”. Henry Ford