O maior festival audiovisual do Espírito Santo chega à sua 25ª edição na próxima semana. De segunda-feira (3) a sábado (8), o Festival de Cinema de Vitória (FCV) vai ter um total de mais de 26 horas de exibição cinematográfica, com um total de 89 filmes em gêneros diversos.
A organização estima que um público de cerca de 30 mil pessoas participe das diversas atividades durantes os seis dias. Serão 11 mostras competitivas e quatro sessões especiais, que estão fora de competição.
Haverá mostras dedicadas a longa-metragens, curta-metragens, videoclipes, diversidade sexual, produções feitas por mulheres, produções capixabas, narrativas que valorizem a cultura negra, experimentações com linguagens estéticas, filmes sobre meio ambiente e produções para público infanto-juvenil. Os vencedores das mostras competitivas concorrem ao Troféu Vitória, que será entregue no encerramento do evento.
A abertura oficial acontece na segunda-feira, às 19h30, no Theatro Carlos Gomes, com apresentação da dançarina Rita Cadillac e do cantor Zéu Britto, e Homenagem Capixaba ao cenógrafo e figurinista Cláudio Tovar, seguida da exibição da 7ª Mostra Foco Capixaba e início da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, com o filme Pastor Cláudio, de Beth Formaggini.
A noite segue no Lounge do Festival, em anexo ao Teatro, com a dupla composta por Chico Chico, filho de Cássia Eller, e João Mantuano, que trazem um repertório intimista e diverso dentro da música brasileira. Nas noites seguintes, o Lounge terá atrações como Zezé Motta, BatuQdellas, Xá da Índia, Tuyo, Melanina MCs, DJ Murilo Caldas, Rafa Cisne, Ursula Pussynail e a própria Rita Cadillac.
Além de Cláudio Tovar, outras duas homenagens acontecem durante o FCV. Uma delas é para um dos mais criativos e provocativos cineastas brasileiros, Neville D’Almeida, que dirigiu, entre outros, A Dama da Lotação, estrelado por Sônia Braga, que figura até hoje entre os dez filmes de maior bilheteria do cinema nacional. Sua trajetória em 50 anos de carreira também será exibida no documentário Neville D’Almeida – Cronista da Beleza e do Caos, dirigido por Mario Abbade.
A homenagem mais importante do festival vai para o produtor Luiz Carlos Barreto, um dos maiores nomes do cinema nacional. Foi diretor de fotografia de filmes fundamentais do Cinema Novo, como Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos (1963), e Terra em Transe, de Glauber Rocha (1967). Também foi co-roteirista e produtor de O Assalto ao Trem Pagador (1962), dirigido por Roberto Farias, e produziu Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), dirigido por seu filho Bruno Barreto, dois grandes sucessos de público do cinema brasileiro.
Outra parte importante do FCV são as atividades de formação, que contará com cursos ministrados por nomes importantes no audiovisual brasileiro. Neste ano serão sete oficinas abordando diferentes aspectos da produção cinematográfica: Roteiro, Realização em Cinema e Vídeo, Atuação Cinematográfica, Animação, Montagem, Crítica Cinematográfica, Elaboração e Gestão de Projetos Culturais. As oficinas acontecem de segunda a sexta-feira no campus Boa Vista e já tiveram o prazo de inscrição encerrado.
AGENDA CULTURAL
25º Festival de Cinema de Vitória
Quando: de 3 a 8 de setembro.
Onde: Teatro Carlos Gomes (mostras, sessões especiais e homenagens), UVV (oficinas) e Hotel Senac Ilha do Boi (debates e coletiva de imprensa).
Programação completa: http://www.festivaldevitoria.com.br/
