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Cedrolândia protesta contra descaso na educação e saúde

Os moradores do distrito de Cedrolândia, na zona rural de Nova Venécia, no noroeste do Estado, protestaram, mais uma vez, contra o descaso nas áreas de saúde e educação do município. 

Com faixas e cartazes, os moradores caminharam pelas ruas da comunidade registrando sua indignação na manhã desta quinta-feira (6).

As duas principais reivindicações são com à água e à escola municipal. A Estação de Tratamento de Água (ETA) local funciona em condições precárias, fazendo chegar às torneiras uma água amarelada e gordurosa. “Nem porco bebe!”, diz a lavradora Iracy Dias Pereira Heringer. “E o prefeito ainda cobra taxa de água!”, esbraveja, citando o prefeito Mário Sérgio Lubiana (PSB), o Barrigueira.

Já a escola continua ameaçada de desabar, segundo laudo da Defesa Civil Municipal. E ameaça a saúde das crianças, na visão dos moradores, visto que foi construída em um terreno alagadiço, onde constantemente vê-se água de enxurrada empoçada, além de apresentar cheiro ruim e atrair animais vetores de doenças.

A Prefeitura, no entanto, limitou-se a fazer uma pequena reforma no muro frontal da escola, em meados deste ano, ignorando a orientação da Defesa Civil e o apelo da população, materializado em um abaixo-assinado.

“O certo era derrubar aquilo tudo e procurar outro terreno em lugar próprio, arejado, sem sujeira. As crianças lá estão com risco de adoecer. O prefeito tem obrigação de comprar terreno em outro lugar e fazer uma construção digna. Na época da campanha abriu a boca dizendo que ia organizar e só organizou a fazenda dele”, protesta a lavradora.

Iracy também encaminhou, ao Ministério Público Estadual (MPES), uma solicitação particular de serviço de transporte para seu enteado, Wesley Carlos Cesar Heringer, que possui Síndrome de Down e precisa fazer hemodiálise três vezes por semana em Colatina, segundo prescrição médica feita há mais de dois anos.

Desde julho, o transporte deixou de atender a família. Mesmo solicitando providências formalmente, a única resposta que a lavradora obteve da Secretaria foi que “o transporte está sendo ofertado na medida do possível, visto que a demanda é muito grande”, segundo informou o MPES no “pedido de providência” registrado pela moradora.

“A gente não pode contar. A saúde em Nova Venécia é zero. Se precisar de um exame rápido, vai morrer. Espera noventa dias, 120 dias, um ano”, contextualiza a lavradora.

A comunidade vem registrando seguidas denúncias, há quase um ano, em diversos órgãos, como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) e Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), todos ainda sem resolução efetiva.

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