Primeiro a vitória da deputada federal Norma Ayub (DEM) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), em processo que tentava impugnar sua candidatura à reeleição. Agora, a manutenção da cassação do prefeito de São Mateus (norte do Estado), Daniel da Açaí (PSDB). Na mesma semana, menos dois pontos para a campanha do vice-governador César Colnago (PSDB) à Câmara dos Deputados, que coleciona revés eleitoral este ano. No caso de Norma, a saída dela do pleito aumentaria as chances do tucano, que está numa coligação pesada – PDT, DEM, PSD, PSDB, PRP, SD – e com previsão de fazer três cadeiras, sendo duas já consideradas praticamente com “donos”: Sérgio Vidigal (PDT) e o ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD). Norma e Colnago estariam na briga pela última cadeira, junto com o deputado federal Jorge Silva (SD). Já em relação ao prefeito de São Mateus, o tamanho do impacto ainda é imprevisível, mas pode ser definitivo. A decisão que o tira da prefeitura, depois de uma longa batalha judicial que o condenou por abuso de poder econômico, mexe com o mais importante cabo eleitoral de Colnago no norte do Estado, que é o reduto de outro da chapa, Jorge Silva. Quanto tempo levará entre a decisão do TSE e a saída do prefeito, de fato, veremos, mas a derrota passa a ser a principal munição dos adversários, com prováveis respingos aos aliados. Diante de um PSDB à míngua, o “prejú” é de Colnago.
Cai, não cai
A dúvida é sobre o quanto a moral do prefeito cairá em São Mateus a partir de agora. Isso porque, nesse tempo todo do processo de cassação, Daniel da Açai foi alvo de diversas outras denúncias, mas, como dizem por lá, se manteve de pé diante do eleitorado.
Pressão
Com tantos interesses políticos em jogo não só para esta eleição como para a municipal, de 2020, o que não vai faltar é pressão para Daniel sair logo do cargo e perder a máquina antes de 7 outubro. A corrida é contra o tempo.
Coligação imposta
A expectativa, agora, é em relação à posse do presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Alberto Alves, que assumirá o comando do município até a convocação da nova eleição. Ele é do PSB, partido do ex-governador Renato Casagrande, que tem o ninho tucano no seu palanque, mas não pelas mãos de Colnago, e sim do senador Ricardo Ferraço.
Chegou a hora
Quem está, certamente, soltando fogos é o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD), que cobrou várias vezes a conclusão do processo e faz críticas e denúncias sistemáticas ao prefeito. Em São Mateus, ele é ligado a Carlinhos Lyrio (PSD), candidato à Assembleia este ano e que perdeu para Daniel em 2016.
Nada de esquentar
A sabatina do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) com os candidatos ao governo do Estado na tarde desta quarta-feira (13) repetiu a temperatura das eleições por aqui: nem morna. Não pela sabatina, mas pelas campanhas mesmo.
Ops!
Certa hora, Carlos Manato (PSL), que é médico, ao falar sobre a área de saúde, se entusiasmou tanto que terminou “engasgado”. Perdeu a voz e embolou tudo.
‘Cotó’
Mais uma de Manato: “Nos todos somos cotó, não temos rabo preso, não”.
Indiretas
Já o ex-governador Renato Casagrande chamou Aridelmo Teixeira (PTB) de “ventríloquo do governo [Hartung]”. No bloco seguinte, o “Professor” respondeu: “tem candidato aqui me provocando, mas não vou aceitar”.
De novo?
No início deste mês, publiquei aqui a nomeação de Felipe Saade de Oliveira, ex-sócio do governador Paulo Hartung na conhecida Éconos e filho do ex-secretário da Fazenda José Teófilo, para o cargo em comissão de gerente de Economia da Saúde e Inovação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Perguntei na ocasião: ele já não respondia pela função desde maio passado (antes era assessor especial da pasta)? Pois bem…
Segue…
Nesta semana, mais dois atos. Um exonerando Felipe do cargo de assessor especial Nível IV da Sesa, outro cessando os efeitos da portaria que o designou para responder pelo cargo em comissão de gerente de Economia da Saúde e Inovação. Logo mais aparece a próxima acomodação…
PENSAMENTO:
“Sou responsável por aquilo que não fui”. Georges Bernanos