Em caminhada pelas ruas de Colatina (noroeste do Estado) nesta quinta-feira (20), alunos da Escola Marista São Marcelino Champagnat e seus familiares realizaram uma segunda manifestação pública em protesto contra o fechamento da escola, anunciado para o dia 31 de dezembro deste ano.
A notícia foi dada nessa quarta-feira aos pais e mães dos estudantes, por meio de uma carta assinada por Ataíde José de Lima, diretor-presidente da União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE), entidade responsável pela manutenção e gestão da unidade, que funciona, no período vespertino, nas dependências do Colégio Marista de Colatina.
“Diante de uma reorganização no atendimento social da mantenedora União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE), precisamos realizar consideráveis adequações para continuar a praticar gratuidades no campo da educação”, diz o diretor-presidente. A decisão, prossegue, “é fruto da responsabilidade administrativa e da necessidade de adequação ao Marco Regulatório das Instituições Beneficentes de Assistência Social”.
A São Marcelino atende atualmente a 546 alunos, segundo informa Eliane de Fatima Inácio, uma das mães de alunos a compor a comissão de pais, que vem organizando os atos de protesto e reivindicando diálogo junto à UBEE. “Não é a direção da escola que pode dar resposta, tem que ser alguém da Província, mas não abriram diálogo com a gente”, diz.
A escola, explica Eliane, que é mãe de dois alunos, é um projeto social que funciona há mais de 20 anos na cidade, oferecendo educação totalmente gratuita, incluindo uniformes e materiais escolares. “São histórias de vida muito bonitas, de milhares de pessoas. Até o procurador do Município, Júnior Zaché, estudou lá quando criança. Ontem [quarta], no nosso ato, o clima era de muita tristeza. Parecia que estávamos num velório”, comentou.
A comissão também solicita uma reunião com o governador Paulo Hartung e com os candidatos a governador, para que “sinalizem uma luz no fim do túnel”.
Em nota publicada no site da Prefeitura de Colatina, o prefeito Sergio Meneguelli (MDB) esclareceu que a antiga parceria entre o município e a Instituição Marista foi encerrada em 2013, a pedido do Marista, não havendo qualquer ação da prefeitura na decisão de fechamento da escola. E garantiu que “nenhuma destas 540 crianças e adolescentes ficarão sem a garantia de sua matrícula escolar em nossas escolas”.