Com a proximidade das eleições de 7 de outubro e o crescimento do presidenciável do PT, Fernando Haddad (SP), nas pesquisas dos últimos dias, a cúpula nacional do partido reforçou a recomendação a todos os candidatos no País para que insiram o nome e imagem dele em materiais impressos de campanha, propagandas e redes sociais, na tentativa de garantir sua familiarização com o eleitorado (Haddad ainda é desconhecido em muitas regiões do País) e identificação como candidato do ex-presidente Lula. No Espírito Santo, porém, a contar pelas redes sociais, importante instrumento para atingir a população, os principais nomes do PT na disputa estão reprovados nesta missão. Apesar de Haddad ter sido anunciado oficialmente na última terça-feira (11) como o substituto de Lula, a chapa puro-sangue formada, principalmente, por Jackeline Rocha, candidata ao governo; Célia Tavares ao Senado; e os deputado federal Helder Salomão e o ex-prefeito de Vitória João Coser, candidatos à Câmara Federal, ainda mantém suas redes sociais com pouquíssimas alterações em relação ao presidenciável. E olha que Haddad precisa, hein! Por aqui, a última pesquisa Ibope/Rede Gazeta mostrou que ele está sendo engolido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro (RJ), e distante também de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). E o tempo corre…
Teste
A expectativa, agora, é se esses números irão mudar na próxima sondagem, já que Haddad ainda não era o candidato oficial quando os pesquisadores foram às ruas. No último dia 8, ele apareceu com 5% na estimulada, enquanto Bolsonaro com 24% (queda de cinco pontos); Marina com 15% e Ciro Gomes com 13%, empatado tecnicamente com a candidata da Rede.
Teste II
Nos cenários anteriores, com Lula, o presidenciável do PSL ficava um pouco à frente ou ainda na margem de erro. E aí, Haddad conseguirá herdar esses votos por aqui? Refresco de memória: nas últimas eleições presidenciais, o PT não foi a preferência dos capixabas.
Caravanas
Outra determinação da Nacional aos estados, dentro dessa estratégia de reta final, é a realização, nos próximos dias 29 e 30, de mobilizações nas cidades-polos do País para fazer panfletagens, ações e atos em favor do presidenciável. As programações, no entanto, ainda não foram divulgadas.
Sem reforço
Voltando às redes sociais, o Facebook de Jackekine Rocha continua com foto de capa ao lado de Lula, com o nome de Haddad sem destaque, ainda como vice, e na página há uma ou outra citação e vídeo com ele, incluindo a propaganda gravada em seu favor, mas antes dele ser o candidato oficial.
Sem reforço II
Já Célia Tavares, que tem sido considerada com potencial de crescimento na disputa ao Senado, passa longe de Haddad. Nem na foto destaque, nem no decorrer de sua página. As poucas referências se resumem aos nomes locais da disputa.
Sem reforço III
Helder Salomão, por sua vez, também não divulga Haddad em imagens, mas defendeu seu nome em publicação recente, quando, aí sim, chegou mais perto do que a Nacional quer. Ainda assim, tudo muito tímido, como registrado também no perfil de João Coser. Para não dizer que o presidente estadual do PT não entendeu o recado, ele publicou nessa quarta-feira (19), uma imagem vermelha escrito “João é Haddad”.
Experiência
Quem pilota a guinada inesperada do delegado Fabiano Contarato (Rede) na disputa ao Senado deste ano é a marqueteira Jane Mary Abreu, responsável por algumas viradas em campanhas eleitorais. A última delas justamente do comandante da Rede no Estado, prefeito da Serra Audifax Barcelos, em 2016. O mercado garante que ele está em boas mãos.
Experiência II
Para quem não se lembra, em mais uma disputa contra Sérgio Vidigal (PDT), seu adversário tradicional, Audifax passou quase um mês internado durante a campanha, com um quadro grave de pneumonia. Conseguiu levar a briga para o segundo turno, atrás de Vidigal, depois saiu do hospital e acabou vitorioso no pleito.
Experiência III
Entre uma fase e outra desta eleição na Serra, houve mudança no comando da campanha. No primeiro turno, a contratada era a jornalista Flávia Mignone. Jane Mary chegou no segundo, com a fórmula vitoriosa.
Dobra?
Por falar em Sérgio, para tentar levantar a campanha à Assembleia de sua mulher, Sueli Vidigal (PDT), ele tem apostado na ideia de dobradinha entre os dois. Vale-se, para isso, da sua boa cotação no cenário. O deputado federal já é considerado reeleito pelo mercado, enquanto Sueli ainda precisa delimitar território.
PENSAMENTO:
“Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua”. Platão