sexta-feira, setembro 20, 2024
23.3 C
Vitória
sexta-feira, setembro 20, 2024
sexta-feira, setembro 20, 2024

Leia Também:

Sem freio

Ninguém segura o governador Paulo Hartung. Enquanto não chega a próxima terça-feira (30), quando vence o prazo para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) se manifestar sobre o pedido do governador eleito, Renato Casagrande (PSB), encaminhado ao presidente da Corte, Sérgio Aboudib, sobre a suspensão dos convênios formalizados com prefeituras de seis municípios, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcelo de Oliveira, prossegue com as ações ordenadas pelo chefe. Nesta quinta-feira (25), com Hartung no Paraná, em viagem diplomática, ele assinou convênios com mais três cidades, Pancas, Jerônimo Monteiro e Rio Novo do Sul, no total de R$ 9,3 milhões, que serão acrescidos aos R$ 30 milhões já formalizados com as prefeituras de Serra, Viana, Venda Nova, Montanha e Alegre, com pagamento à vista. Os prefeitos vieram a Vitória para o ato e, agora, passam a integrar o bloco que se insurge contra as medidas de Casagrande que tentam frear o “pacotão” de gastos do governador nos últimos meses de mandato. Nessa missão de minimizar a preocupação do socialista ou sugerir até uma “picuinha” entre os adversários políticos, já apareceram lideranças como o presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes) e antigo aliado de Hartung, Guerino Zanon (MDB), e o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), outro próximo a ele, bem como o próprio Sérgio Aboudib. Se tudo der certo, Casagrande está “lascado”.

Sem freio II

Os novos convênios seguem o mesmo enredo: obras de infraestrutura. O prefeito de Pancas, Sidiclei Giles de Andrade (PDT/ na foto acima com o secretário), leva a maior fatia do bolo, com R$ 5,1 milhões, seguido de Sérgio Farias Fonseca (PSD), de Jerônimo Monteiro, com R$ 2,3 milhões, e Thiago Fiorio (Pros), de Rio Novo do Sul, com R$ 1,8 milhão.

Empresariado

Por falar em Guerino Zanon, ele acompanha o governador no Paraná, ao lado também do secretário-chefe da Casa Civil, Zé Carlinhos (PSD). Eles visitaram as instalações da paranaense Britânia Eletrodomésticos Philco Eletrônicos e da diretoria da Companhia Café Cacique. 

Sempre tem

No mesmo ritmo para liberar os créditos suplementares, o governo destinou mais R$ 22,5 milhões para o Judiciário. Destino justificado no Diário Oficial: material de consumo, locação, mão de obra e outros serviços de terceiros; e equipamento e material permanente. Vem mais por aí.

Pra todos os gostos

O senador Magno Malta (PR), que já foi o “vice dos sonhos” e “pastor” do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), agora “é a voz” dele. A frase tem sido repetida nas agendas pelo País que cumpre no lugar do candidato. Mas tudo deve acabar, mesmo, em ministério.

Logo ali

A propósito, burburinho dos bastidores políticos aponta que a “festa da vitória” convocada por Bolsonaro e seu candidato derrotado ao governo Carlos Manato, para a Praça do Papa, em Vitória, no domingo (28), dependendo, pode mesmo é acabar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), que fica ali perto. Com a quantidade de gente que o palanque tem reunido nesses atos e a onda de críticas às urnas pelo mesmo eleitorado…já pensou?

Forçou

O vereador de Vitória, Davi Esmael (PSB), tem sido bombardeado em seu Facebook, com razão, por uma postagem em que denuncia um cartão distribuído aos professores do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Maria Nazaré Meneguelli, localizada no bairro Santa Martha, em homenagem ao dia desses profissionais. Para defender seu projeto Escola Sem Partido, Esmael foi muito além da mensagem.

O que está escrito

O cartão entregue somente aos professores, que o vereador chamou de panfleto, diz assim: “Desejamos hoje e sempre: professoras (es) que valorizem muito mais uma educação libertadora do que a posse de armas, a disseminação do preconceito, da ignorância e do ódio”.

O que Davi Esmael leu

“Panfleto de conotação ambígua a ideologias políticas, que não condiz com o ambiente escolar”. Em seguida, o vereador afirma: “Quando vejo discursos como estes circulando em escolas, tenho a certeza de que precisamos, com urgência, implementar o programa Escola Sem Partido em Vitória”. O projeto, conhecido como “lei da mordaça”, teve a tramitação suspensa pela Justiça. 

Aulão

Nos mais de 200 comentários sobre o tema, o vereador recebeu aulas sobre educação e a difícil realidade das escolas municipais. Entre eles, do colega de plenário, Roberto Martins (PTB), professor e autor do pedido de suspensão da tramitação do projeto.

Aulão II

Palavras de Martins: “Analisando o documento com cuidado, concluí que o mesmo está de acordo com os valores contidos na Declaração de Direitos Humanos, e condizente com a liberdade de expressão. Acredito que relacionar isso a uma doutrinação partidária é um evidente exagero”. Davi Esmael não respondeu nenhum, até porque…

PENSAMENTO:

“Haverá flagelo mais terrível do que a injustiça de armas na mão?”. Aristóteles

Mais Lidas