Carlos Manato (PSL), segundo colocado na disputa ao governo do Estado, e Amaro Neto (PRB), campeão de votos à Câmara dos Deputados, são sinalizados no mercado como os mais fortalecidos no cenário político do Espírito Santo para futuras disputas locais, com a vitória do capitão Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Presidência da República.
Os dois saem das eleições presidenciais como líderes de grupo com possibilidade de concorrer à Prefeitura de Vitória, em 2020, com Amaro Neto, e ao governo do Estado, em 2022, tendo Carlos Manato como cabeça de chapa.
O senado Magno Malta (PR), que perdeu a reeleição, é cotado para ocupar um cargo ministerial, sem, no entanto, capacitá-lo a disputar cargos eletivos no Espírito Santo, por conta do desgaste de sua imagem junto ao eleitorado, inclusive o público evangélico, que rejeitou a pretensão dele ir para o terceiro mandato.
Magno ficou em terceiro lugar, atrás dos estreantes Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS), senadores eleitos. Ricardo Ferraço (PSDB) também não conseguiu se reeleger, atrás ainda de Magno. Para o mercado político, Magno Malta atingiu um nível de rejeição elevado em decorrência de denúncias de posturas consideradas abusivas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus Tratos, que ele preside, e por ter se ausentado do Estado durante a campanha, confiante em sua reeleição.
Carlos Manato desistiu de uma reeleição certa à Câmara Federal para coordenador a campanha de Jair Bolsonaro no Estado. Além disso, com a campanha já em andamento, foi lançado candidato ao governo do Estado, deixando para trás a senadora Rose de Freitas (Podemos) e chegando à segunda colocação, conseguindo eleger sua mulher, Soraya Manato (PSL), deputada federal.
Amaro Neto, inicialmente cotado para o Senado, concorreu à Câmara e foi o deputado eleito mais votado, com a marca de 181 mil votos, com maior número de votantes no município de Vitória. Isso o capacita a concorrer à Prefeitura de Vitoria, cargo que disputou em em 2016, perdendo por pouca diferença de votos para o atual prefeito, Luciano Rezende (PPS).