Ao chegar ao Brasil, a blogueira Yoanis Sanches teve contato com IPad, smartphone, banda larga, facilidade de acesso à internet, além de presentinhos típicos, lembranças que ela vai levar do Brasil, como a camisa da Seleção Brasileira de Futebol.
Falou-se sobre a necessidade do fim do embargo americano a Cuba, da ditadura fidelista, dos presos políticos. Houve polêmicas sobre um possível financiamento americano da viagem da blogueira que se transformou em símbolo da resistência contra o governo comunista de Cuba. Houve também denúncia de que o governo cubano havia patrocinado os protestos contra a blogueira no Brasil.
Discutiu-se muita coisa, mas o Brasil de verdade passou ao largo. Yoanis conheceu apenas uma parte desta tão desejada liberdade que busca mundo afora. Ela parece mais interessada no mundo virtual do que em política propriamente dita. Tanto que entre seus planos está a ida aos Estados Unidos para visitar as sedes da gigante Google e das redes sociais Twitter e Facebook.
Mas em sua passagem pelo Brasil, a única desigualdade que conheceu foi a de pensamentos sobre sua luta. Houve um ruído no mundo capitalista, que Yoanis parte sem conhecer, tornando sua jornada incompleta.
A ela não foi mostrada à grande incoerência de um país que alcançou a sexta posição entre as maiores economias do planeta e está posicionada no vergonhoso 88º lugar no ranking mundial publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A coisa não fica muito melhor quando se fala em saúde. Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) seja elogiado e o brasileiro tenha o direito à saúde como um direito Constitucional, o País ocupa a 72ª posição no ranking da OMS. O mesmo posto em relação à inclusão digital. No quesito desigualdade somos medalha de bronze.
Tomara que em sua passagem pela Europa não esconda de Yoanis a crise econômica, política e monetária que assola o velho continente.