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Chapa 3 pede explicações sobre cancelamento de debate na Assembleia

O debate entre os candidatos que disputam as eleições para comandar a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi cancelado a pedido do deputado Marcelo Santos (PDT). Inicialmente programado para acontecer nessa quarta-feira (21), às 15 horas, no Plenário Dirceu Cardoso, não houve, no entanto, explicações sobre os reais motivo que levaram ao cancelamento. Um das chapas inscritas para disputar o pleito, a Chapa 3 – Ordem Democrática, comandada pela advogada Elisângela Melo, formalizou um pedido de comunicação para que a Casa se explique sobre a medida.

O requerimento de “cancelamento da sessão especial para debate com os candidatos à Presidência da OAB-ES” foi enviado pelo deputado Marcelo Santos, que é vice-presidente da Mesa Diretora da Casa, ao presidente da Assembleia, deputado Erick Musso (PRB), no último dia 13, sem que a comunicação chegasse ao conhecimento da Chapa 3. 

Por meio de nota, a Chapa 3 informou que “sua candidata à Presidência da seccional capixaba da OAB, Elisângela Melo, em nenhum momento declinou do convite feito pelo deputado Marcelo Santos para participar do debate entre os candidatos que disputam o pleito. Ao contrário, a candidata da Chapa 3 prontamente confirmou presença ao debate”.

E completa: “Apesar disso, somente na noite do último dia 19, quando se preparava para participar da sabatina na Universidade de Vila Velha, a candidata soube informalmente do cancelamento do debate, por terceiros. Ante o pedido de explicações da Chapa 3, a assessoria do deputado Marcelo Santos, que confirmou o cancelamento do debate, alegou inicialmente que o fez ‘em atendimento aos concorrentes’. A Chapa 3, entretanto, jamais pediu o cancelamento”, afirma o texto da nota. 

Segundo a Chapa 3, até o momento, o gabinete do deputado Marcelo Santos não enviou à Chapa 3 uma comunicação formal sobre o motivo do cancelamento do evento. Por WhatsApp disse apenas “que já havia esclarecido à imprensa ‘que a candidata Elisângela foi a única a confirmar presença’”. 

“A Chapa 3 repudia o desrespeito dos organizadores, que não informaram formalmente o cancelamento à candidata imediatamente após a decisão tomada no dia 13, assim como requer uma manifestação oficial do proponente do debate sobre os reais motivos do cancelamento. Essa explicação se torna não só imperativa aos 92 integrantes da Chapa 3 como a toda a advocacia capixaba que acompanha as eleições da Ordem”.

O documento ressalta que, a dois dias do debate, o presidente da Assembleia, após encontro com o candidato da Chapa 2 ]José Carlos Rizk], manifestou publicamente, via redes sociais, o 'apoio' ao candidato da Chapa 2, incluindo um evidente componente político-partidário no episódio”. 

Preferência na Câmara de Vitória

Candidatos à presidência da Ordem pelas chapas 1- Inova e Avança, que tem à frente Ricardo Brum, e 3 – Ordem Democrática, encabeçada por Elisângela Melo, também reclamaram de favorecimento pelos vereadores de Vitória Davi Esmael (PSB), Sandro Parrini (PDT), Mazinho dos Anjos (PSD) e Dalto Neves (PTB) ao candidato da Chapa 2-Renova OAB, José Carlos Rizk, único recebido na Câmara no último dia 9 deste mês, para apresentar suas propostas a vereadores e advogados do legislativo municipal. 

O encontro foi até registrado nas redes sociais do vereador Davi Esmael: “Recebemos hoje o candidato a presidente da OAB, Carlos Rizk, para ouvir as propostas da Chapa 2 para renovar a Ordem. Reunimos vereadores e advogados que trabalham na Câmara de Vitória”. Apenas três dias depois, Brum e Elisângela receberam por e-mail convite para também apresentarem suas plataformas. Ambos recusaram e apontaram favorecimento ao candidato da chapa 2, partidarização da Ordem e desrespeito ao Regimento Interno da Câmara de Vereadores e das próprias normas que regem as eleições da OAB-ES.  

O candidato a presidente da OAB pela Chapa 1, Ricardo Brum, afirmou à época que uma possível partidarização da Ordem é preocupante. “Temos ouvido relatos também de deputados estaduais pressionando procuradores municipais no interior do Estado a votar na Chapa 2 e de telefonemas de assessores do governador eleito também a procuradores afirmando suposto apoio de Renato Casagrande [PSB] à Chapa 2. Isso nos preocupa, porque o mais importante é assegurar a independência da Ordem, temos que prezar por isso”, destacou.

Já a candidata da Chapa 3, Elisângela Melo, que também recusou o convite enviado por e-mail pelo vereador Parrini, disse por meio de nota que “não usará o espaço da Câmara de Vitória para apresentar as propostas da Chapa 3 a procuradores e advogados da Casa porque não houve transparência e isonomia no processo desde o início”.

O pleito ocorrerá na próxima quarta-feira (28), com voto obrigatório para todos os inscritos na OAB. Os advogados têm que estar regularmente inscritos e adimplentes com o pagamento das anuidades. 

 

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