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Associações esperam diálogo com novos presidentes do Incaper e Idaf

Mesmo sem origem nos quadros de servidores dos Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), os dois nomes anunciados nesta sexta-feira (28) pelo governador eleito, Renato Casagrande (PSB), para presidência dos órgãos, respectivamente, Antônio Carlos Machado – Toninho da Emater – e Mario Louzada, foram bem recebidos pelas associações de classe.

“Nossa preocupação, que já havíamos solicitado ao governador eleito, era que fosse alguém com perfil de estabelecer boa relação com os servidores e que tenha abertura para atender às nossas demandas”, comenta Samir Seródio, presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin). “Nos últimos quatro anos de governo Paulo Hartung, quase nada foi atendido. Temos uma série de necessidades, de demandas. Por ele ter sido funcionário da Emater [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural], a gente espera que agora nos receba de imediato para dialogar e se comprometa em atendê-las”, diz.

Entre as demandas reprimidas, Samir destaca a revisão do plano de cargos e salários, concurso público – o último foi em 2012, na gestão anterior de Casagrande – e outras pendências como reestruturação do programa de pós-graduação – que não existe mais – e a criação de uma comissão de saúde, que nunca existiu no Incaper.

A expectativa de uma gestão mais dialógica, no entanto, não altera a postura da Assin. “A Associação vai continuar fazendo seu trabalho de defender os interesses do servidor”, anuncia.

Já na Associação dos Funcionários do Idaf (Afidaf), o nome de Mario Louzada é pouco conhecido. “O Idaf, pela sua importância e responsabilidades, nós confiamos que o governador tenha feito uma boa escolha. Eu vejo com bons olhos por ser um novo, não ser nenhum político com mandatos, porque precisamos disso: pessoas novas com pensamentos novos, pra fazer a instituição crescer e fazer a sociedade se sentir atendida em suas necessidades”, argumenta o presidente da Afidaf, Marcelo Moreira Dias Duarte. “É um órgão em que fazer política é complicado, pois é extremamente técnico, com muito pouco espaço para fazer concessões”, ressalta.

A experiência de Mario Louzada na área ambiental, avalia Marcelo, pode ser muito bem aproveitada no Idaf. “Que ele possa agregar com sua experiência profissional em meio ambiente. É muito importante no Idaf, pois é uma das principais atribuições, entre as 38 que o Instituto tem”, pondera, listando outras prioritárias, como inspeção sanitária vegetal e animal, controle de agrotóxicos e cartografia.

Na pauta da Associação, conta o presidente, estão a revisão dos salários e outras pendências com servidores públicos, discutidas também no âmbito do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado Espírito Santo (Sindipúblicos). Assim como os servidores do Incaper, a expectativa da entidade é pelo diálogo.

Toninho foi prefeito de Pinheiros por duas vezes seguidas, sendo eleito em 2008 e reeleito em 2012, pelo PSB. Nas eleições de 2018, ainda no PSB, foi candidato a deputado estadual, mas não conseguiu se eleger.

Mario Louzada também do PSB, vem da Secretaria de Meio Ambiente de Cachoeiro de Itapemirim, tendo também no currículo ambiental a superintendência capixaba do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Chegou a ser anunciado como pré-candidato a deputado estadual em 2018, mas retirou a candidatura a pedido de Casagrande. Atualmente, é primeiro vice-presidente da Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e apareceu recentemente nas cotações para assumir a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama), que acabou confirmando o nome de Fabrício Machado (PV).

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