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Nem Vitória e muito menos Serra. Essa é a posição de liderança políticas relacionadas com o partido Republicanos, ao comentar sobre o deputado federal Amaro Neto, apontado no mercado político como um dos favoritos na disputa pela Prefeitura de Vitória nas eleições de outubro próximo, podendo concorrer também na Serra. 

Para essas lideranças, o parlamentar deveria permanecer na Câmara Federal, preparando-se para disputar o governo, em 2022. Nesse caso, quem poderia substituí-lo na empreitada de encarar uma eleição difícil? O questionamento leva em conta a máquina pública liderada pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania), que visa emplacar para sucedê-lo o deputado estadual Fabrício Gandini, esperando contar, também, com o empurrão do governador Renato Casagrande (PSB), ferozmente buscado, mas ainda não definido. 

Lorenzo Pazolini (sem partido) é a resposta. Delegado da Polícia Civil atuando na área de menores e adolescentes, se elegeu para a Assembleia Legislativa em 2018 com quase 44 mil votos, sendo o segundo mais votado no Estado. Conduz um mandato bem avaliado, com nítida oposição ao governador Renato Casagrande. Ele estaria sendo trabalhado para assumir a candidatura depois do Carnaval, quando as atividades começam a se normalizar, segundo informações de bastidores ainda carentes de confirmação.

Com penetração nas classes A e B, camadas onde Amaro Neto encontra dificuldade, o parlamentar é próximo ao deputado Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa e um das lideranças do Republicanos no Estado, que é comandado pelo diretor-geral da Assembleia, Roberto Carneiro, articulador político do grupo.

Pazolini vinha sendo assediado pelo PSL, mas depois de formalizar a pré-candidatura do deputado Capitão Assumção, em dezembro de 2019, essa opção perdeu o sentido.

Há lideranças que afirmam que a candidatura de Amaro Neto em Vitória é irreversível, pelos números de levantamentos eleitorais realizados, que o colocam na dianteira, de todos os outros potenciais candidatos. A disputa na Serra, onde ele tem grande penetração, é vista como extremamente perigosa, pois uma derrota ali significaria um retrocesso político bastante significativo. 

No entanto, existe um cenário no qual o deputado estaria entre os nomes sinalizados pela direção nacional do Republicanos para concorrer ao governo, como parte do plano de expansão do partido. O entendimento seria utilizar a densidade eleitoral do parlamentar, com seus mais de 160 mil votos em 2018, para ajudar a eleger o prefeito de Vitória, sem risco de desgastá-lo, como sempre acontece na condução da gestão pública na capital, caso ele saia vitorioso na disputa.  

 

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