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Prefeito de Piúma reassume o cargo depois de 90 dias afastado pela Justiça

Depois de 90 dias afastado do cargo, por força de investigação relacionada à Operação Rubi, reassume o mandato, nesta quarta-feira (15), o prefeito de Piúma, cidade localizada ao sul do Estado, José Ricardo da Costa (PDT), conhecido como professor Ricardo. Ele foi afastado depois de uma delação premiada sobre irregularidades em contratos, feita ao Ministério Público (MPES), que não foi comprovada nas investigações. 

“O Inquérito não comprovou nada”, disse o advogado do prefeito, José Perez de Araújo, apontando o empresário Marcelo Marcondes, dono da empresa Limpeza Urbana, que presta serviços à Prefeitura, como autor da acusação sem fundamento. 

Segundo o advogado, o nome de José Ricardo da Costa foi envolvido na Operação Rubi, deflagrada pelo Ministério Público em maio e outubro de  2019, que resultou na prisão da prefeita do município de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB). A partir desse evento, também passaram a ser investigados os mandatários de Marataízes, Jaguaré e Piúma.

A Operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa constituída para lesar os cofres dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por direcionamento licitatório em favor de empresas contratadas, pagamento de propinas a agentes públicos e superfaturamento de contratos de prestação de serviço público.

O afastamento do prefeito ocorreu em outubro de 2019 e durou o prazo estabelecido para as investigações. Os agentes apreenderam documentos nas residências dos investigados. 

Foram cumpridos dois mandados de afastamento funcional de agentes públicos, quatro de proibição de acesso às dependências de órgãos públicos, e doze de busca e apreensão pelos agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sendo três em Piúma, dois em Linhares, um em Vila Velha, dois em Cariacica, um em Cachoeiro de Itapemirim e três em Anchieta.

Durante o período de afastamento, esteve à frente da prefeitura, a vice-prefeita, Martha Scherrer (PEN). A substituição foi decidida por medida cautelar sigilosa da Justiça, expedida pelo desembargador Fernando Zardini, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que determinou o afastamento. 

 

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