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Sérgio Sá: ‘fui exonerado por motivações políticas’

Apesar das declarações públicas de lideranças dos dois partidos, o alinhamento entre o Cidadania e o PSB está desfeito. Analistas políticos afirmam que a exoneração do vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá (PSB), do cargo de secretário de Obras depois dele anunciar que será candidato a prefeito, nessa quinta-feira (30), um dia antes do ato assinado pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania), trincou de vez as relações, já abaladas desde 2019. 

Na noite dessa sexta-feira (31), Sérgio Sá divulgou vídeo no qual traduz indignação: “Fui exonerado da Secretaria de Obras e Habitação pelo prefeito Luciano Rezende, não por critério técnico, mas sim por motivações políticas, em função de eu ter assinado ontem o livro de pré-candidaturas a prefeito de Vitória”. 

O vice-prefeito prossegue, no vídeo divulgado em rede social: “Não vou me abater, vou seguir em frente com meu sonho de ser prefeito de Vitória, por entender que os 15 anos que venho me capacitando como gestor  público me habilitam a conduzir nossa Capital para um caminho diferente, muito melhor do que o atual”.

Nesta segunda-feira (3), a direção do PSB se reúne para  definir um nome para a secretaria de Obras, sem a interferência direta do governador Renato Casagrande (PSB), que, desse modo, fica resguardado da crise. 

Nesse mesmo dia termina o prazo de inscrição de pré-candidaturas do partido, sendo esperado que o deputado estadual Sergio Majeski confirme sua pretensão de assinar o livro no último dia, e, também, o vereador David Esmael. 

Lideranças analisam que Majeski dificilmente será o candidato escolhido e apontam a postura independente na Assembleia Legislativa, defendendo causas que contrariam o governador Renato Casagrande, que comanda o PSB no Estado. No entanto, mesmo fora da disputa, se isso de fato ocorrer, Majeski participará como poderoso cabo eleitoral.  

Os esforços para tornar a exoneração de Sérgio Sá um ato meramente administrativo não encontram respaldo, considerando a articulação do vice-prefeito, então secretário de Obras, cuja visibilidade começou a ser ampliada na mesma proporção do crescimento da pré-candidatura junto às bases eleitorais de Vitória. 

Em levantamentos realizados em dezembro, para consumo interno de lideranças partidárias, ele aparece bem posicionado, colado ao deputado Fabrício Gandini, pré-candidato do Cidadania lançado há dois anos por Luciano Rezende, num ato considerado intempestivo no mercado político e motivo de insatisfação de lideranças aliadas.  

 

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