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Denúncia de assédio institucional no Iases é pauta de assembleia extraordinária

As denúncias de assédio institucional e a falta de transparência quanto ao quadro de vagas e de diálogo da direção do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) estão na pauta da Assembleia Geral Extraordinária que acontece no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo (Sindipúblicos/ES) nesta quinta-feira (6). 

“O diretor-presidente do Iases [Bruno Pereira Nascimento] tem feito um mandato autoritário, com uma série de nomeações, licitações e compras que a gente desconfia”, aponta o presidente do Sindipúblicos/ES, Tadeu Guerzet, citando processos seletivos em que os resultados dos aprovados não são divulgados, além de contratação de empresas cujos serviços podem ser feitos por servidores efetivos do órgão. 

Recentemente, relata o presidente sindical, a diretoria do Iases retirou dois servidores efetivos que atuavam no setor de formação de agentes do Instituto e os transferiu para a Unidade de Internação Provisória (Unip) I, na sede de Cariacica. 

“A gente sabe que esses servidores são contra a contratação de empresas terceirizadas para realizar formação de agentes. Eles diziam que a equipe técnica própria era capaz de formular e aplicar as formações, não precisava de contratação de terceirizados, gastar dinheiro público sem necessidade. Ele [Bruno Pereira Nascimento] tem feito muito isso, retaliar servidores dentro do Iases”, denuncia.

A Assembleia Geral Extraordinária acontece a partir das 9h e também objetiva discutir a necessidade de “fortalecimento da entidade na construção de uma gestão participativa e que de fato socialize os adolescentes”, anuncia o Sindipúblicos. 

“O Sinase [Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, do qual o Iases faz parte] prevê que as decisões sejam tomadas no âmbito de uma comunidade socioeducativa, mas isso não acontece. Somos tratados como peças de xadrez, movidos pra lá e pra cá como eles querem, sem nos consultar. Os servidores todos estão adoecidos no Iases devido a esse autoritarismo”, conta uma servidora efetiva que não quis se identificar, por medo de represálias. 

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