Pela segunda vez, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades nas atividades do Fundo de Aposentadorias e Pensão dos Servidores (Faps) de Guaçuí foi barrada. Nesta quinta-feira (6), a vereadora Mirian Soroldoni Carvalho (PDT) pediu a retirada de sua assinatura do processo.
Em ofício encaminhado ao vereador Wanderley de Morais Faria (PDT), autor do pedido de investigação, a vereadora, que é alinhada com a prefeita Vera Lúcia Costa (PDT), afirma que “o assunto foi prontamente esclarecido pela presidente executiva do Faps, senhora Celma Aparecida Gonçalves Moreira Gomes”.
Wanderley conseguiu aprovar na Câmara Municipal, nessa terça-feira (4), a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no desenvolvimento de um processo iniciada em 2019, quando a instalação da CPI foi impossibilitada por falta de assinaturas dos vereadores.
O documento apresentado na Câmara, e a partir de agora invalidado, contém as assinaturas dos vereadores José Carlos Pereira Leal (SD), Cícero Augusto da Costa (SD), Mirian Carvalho (PDT) e Valmir Santiago (sem partido), além de Wansderley.
“O rombo vai aparecer”, ressaltou o vereador, ao conseguir as cinco assinaturas, acrescentando que pretende desmascarar o Faps de Guaçuí, que apresenta um resultado financeiro negativo de R$ 178, 3 milhões, segundo informou.
O vereador teme a ameaça de falta de pagamento dos benefícios de 233 aposentados e 110 pensionistas no município por falta de recursos e, por esse motivo, encaminhou também correspondência à prefeita.
A prefeita afirma que a situação é decorrente de o Faps não ter sido capitalizado de forma a garantir as aposentadorias futuras, na época de sua criação, em 2001. “Desde que assumimos o nosso primeiro mandato, sabíamos que esse seria um grande desafio”, explica Vera Lúcia Costa em resposta ao questionamento do vereador.