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O pior dos piores

Notícia boa nesse emaranhado de desserviço do governo Jair Bolsonaro seria se o Supremo Tribunal Federal (STF) acatasse o pedido de impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub, apresentado nessa quarta-feira (5) por um grupo de parlamentares, fundamentado no relatório do deputado federal Felipe Rigoni (PSB), aprovado na Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério de Educação e Cultura (MEC). 

Depois do desastroso depoimento na Câmara dos Deputados e de mais uma demonstração de ineficiência na condução do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e seus desdobramentos, não resta alternativa, principalmente de for levado em conta que o presidente declarou, nas últimas horas, que não pensa em demitir qualquer ministro. 

O senador Fabiano Contarato (Rede) disse, em defesa da saída do ministro, que é interesse da nação uma educação fortalecida e o respeito aos princípios democráticos e republicanos, seguido pelo deputado Felipe Rigoni, que acentuou “atos incompatíveis com o decoro, honra e dignidade da função, sobretudo em razão da postura ofensiva e permeada de expressões de baixo calão em redes sociais e audiências realizadas na Câmara dos Deputados”. 

Não há como negar que Abraham Weintraub representa, por sua postura incompatível para o cargo, o mais baixo nível da equipe de ministros do atual governo, marcado pelo obscurantismo, como nunca se viu na história do Brasil. Não apenas por suas performances ridículas em redes sociais, mas e principalmente, pela incompetência em tocar as tarefas de um dos mais importantes setores para qualquer nação. 

É bom ressaltar que o governo Jair Bolsonaro encara a educação de uma forma tosca, com pesadas e infundadas críticas ao educador Paulo Freire e exaltação a um enganador e autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, mentor do primeiro ministro da Educação desse governo, o colombiano, Ricardo Vélez, igualmente desastrado.  

Ao retrocesso nas universidades públicas, com o sucateamento de campus como os de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória, o corte de verbas, com profundos prejuízos no campo do conhecimento e da pesquisa, juntam-se à implantação de escolas cívico-militares, como parte de uma política educacional retrógrada, preconceituosa e subserviente a valores pátrios distorcidos. 

Espera-se, para o bem da Educação no Brasil, que o STF acolha o pedido de impeachment e, no Congresso Nacional, que a bancada capixaba atue a fim de pressionar o governo visando a saída do ministro.

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