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Movimentos querem novo bairro para moradia definitiva de famílias sem-teto

São quase dois anos de ocupação e as 38 famílias que residem no edifício Santa Cecília, na região do Parque Moscoso, Centro de Vitória, ainda seguem sem solução definitiva por parte da prefeitura. Porém, saíram da última audiência com o juiz responsável pelo processo com o reconhecimento de que estão avançando na proposta de negociação.

“Nossa proposta é diferente da proposta da prefeitura. É garantir moradia definitiva, porque a prefeitura quer aluguel social que em 12 meses termina e não cria autonomia, não cria dignidade definitiva para as pessoas”, disse Lucas Martins, integrante das Brigadas Populares, que coordena a ocupação junto com o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLN). 

Dentro da proposta, os movimentos consideram que a prefeitura possui terrenos que foram desapropriados mas estão abandonados, acumulando lixo e outros detritos. “A prefeitura tem imóveis abandonados que podem ser utilizados para fins de interesse social. Como não tem verba, nossa proposta são construções autogestionadas, que o movimento mesmo construa no bairro e possa de fato criar moradias e alternativas para essas pessoas”, afirma o dirigente.

Desse modo, a reivindicação do movimento de luta por moradia é construir um bairro com construções autogestionadas pela população dentro dos parâmetro do Plano Diretor Urbano (PDU) e respeitando as devidas legislações. Reivindica também que o recurso que seria destinado para aluguel social das famílias durante 12 meses possa ser utilizado para garantir a infraestrutura básica para o futuro bairro.

As entidades de luta pelo direito à moradia fizeram um plano de ação que foi apresentado ao juiz. Também o levaram à Secretaria Municipal de Obras e Habitação (Semohab), da gestão do prefeito Luciano Rezende (PPS), de quem espera um retorno. “A gente precisa sentar e conversar de forma muito séria. Não estamos para brincadeira. A gente está aqui para garantir casa para as pessoas e vamos enfrentar o problema do déficit habitacional com militância, com luta, com negociação e com todos instrumentos necessários para isso”, garantiu Lucas Martins.

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