sexta-feira, novembro 15, 2024
21.9 C
Vitória
sexta-feira, novembro 15, 2024
sexta-feira, novembro 15, 2024

Leia Também:

Presos na operação ‘Carro de Boi’ são liberados sob fiança

Libertados da prisão na última sexta-feira (2), oito investigados na operação “Carro de Boi”, que apura desvio de dinheiro e outras irregularidades na área de saúde na cidade de Guaçuí, terão que pagar nesta segunda-feira (5) fiança no valor de 30 salários mínimos (R$ 29,5 mil) sob ameaça de retornar ao presídio. As prisões ocorreram em maio deste ano.

Com a decisão, o juiz federal Victor Yuri Ivanov dos Santos Farina libertou o empresário Carlos Alberto de Almeida Proveti, o vereador Valmir Santiago, o supervisor Denis Vaz da Silva Ferreira, o provedor José Areal Prado Filho e os médicos Daniel Sabatini Teodoro, Eduardo José de Oliveira Almeida, Hélio José de Campos Ferraz Filho e Victor Oliveira.

Os suspeitos que ainda permaneciam presos devem, no entanto, segundo a decisão, seguir as seguintes exigências além da fiança: não poderão se comunicar, estão proibidos de acessar às dependências da Santa Casa, e não podem se ausentar do País.

O esquema irregular desarticulado consistia na celebração de contratos de prestação de serviços envolvendo a Santa Casa, destinados ao funcionamento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e ao setor de hemodiálise, onde materiais foram apreendidos e estão sob análise. Onze pessoas, entre médicos, empresários, provedores e ex- provedores do hospital foram presas na operação.

Um inquérito policial para apurar as mortes de 22 pacientes do setor de hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Guaçuí foi instaurado pelo Ministério Público (MPES), em 15 de maio, como desdobramento da operação “Carro de Boi”, realizada uma semana antes, resultando na prisão de médicos, gestores e empresários denunciados por corrupção. 

Por meio da Promotoria de Justiça de Guaçuí, as investigações policiais vão apurar denúncia de um paciente que faz tratamento no hospital e várias irregularidades no atendimento, como demora na realização do procedimento de filtragem do sangue e máquinas com defeitos, que ficam sem uso por vários dias.

Após a deflagração da operação, o denunciante procurou a Promotoria de Justiça de Guaçuí e revelou a situação do setor de hemodiálise, informando que, somente no ano passado, 16 pacientes morreram. Neste ano, outras seis mortes foram registradas. As investigações prosseguem. 

 

Mais Lidas