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Músicos questionam possível diminuição de recurso em edital da Secult

Representantes do setor de música do Espírito Santo convocaram uma reunião da Câmara de Música para próxima segunda-feira (26). O motivo é a preocupação com a proposta da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) de destinar um montante que representaria a redução de R$ 463 mil do valor total, além da unificação dos três editais existentes para o setor em um só. 

O secretário da pasta, Fabrício Noronha, alegou que se trata de uma discussão preliminar que está sendo feita com todas as Câmaras que compõem o Conselho de Cultural. “Não é nada imposto, nada definitivo. O momento inclusive é desse diálogo. Mas pegaram essa discussão e levaram como se fosse definitivo”, questionou.

O conselheiro Daniel Morelo explicou que foi realizada na quarta-feira semana passada (14) uma reunião da Câmara de Música com a subsecretária Carolina Ruas na qual a proposta foi apresentada. Entre outras coisas discutidas, apresentou-se a sugestão de reunir os três editais atuais de música em apenas um edital-padrão com três grandes categorias, com o argumento de que assim se poderia aproveitar uma possível sobra de recursos caso uma categoria não consiga preencher o número total de prêmios, podendo essa sobra ser remanejada para outra categoria do mesmo edital de acordo com a demanda.

Outra sugestão foi relacionada com o teto de valor para os prêmios. Mas chamou a atenção de imediato dos conselheiros a proposta que concederia ao edital o montante de R$ 900 mil, quando no ano passado os três editais do setor somaram R$ 1,363 milhão. “Podemos discutir essas outras questões, mas com esse valor não dá, não tem como começar diálogo em cima disso. Precisamos que enviem um valor melhor para começar a discutir com a classe”, alegou Daniel Morelo.

Isso porque após a reunião da semana passada, a proposta reenviada pela Secult esta semana foi a mesma, o que levou os representantes a mobilizar a classe dos músicos em torno da questão, criando inclusive um abaixo assinado online. “Quando eles falam que estão abertos ao diálogo, é um diálogo em que eles falam e não ouvem o que dizemos e impõem a vontade deles”, criticou.

Fabricio Noronha disse que as propostas estão sendo dialogadas com todas as câmaras numa dinâmica aberta, recebendo contribuições de cada uma, contando com prazo para recebê-las. “Já recebemos algumas ‘contrapropostas’ de algumas câmaras e estamos totalmente abertos. A Câmara de Música fez um abaixo-assinado pedindo mais tempo pra discutir sem ao menos nos solicitar mais prazo, nem formal, nem informalmente”, afirmou.

O secretário informou que as propostas finais serão levadas para o plenário do Conselho de Cultura, com a expectativa de que não haja diminuição do recurso em relação do ano passado. “Inclusive nosso reiterado compromisso foi em trabalhar pra manter pelo menos os valores do ano passado”.

A reunião da Câmara de Música na próxima segunda-feira será às 18h30 na sala 4 do Cemuni V, na Ufes em Goiabeiras.

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