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Transportadora Transilva é denunciada por aterro de rio em Cariacica

Moradores e voluntários da ONG SOS Meio Ambiente realizaram dois protestos em frente à transportadora Transilva, no KM 284 da Rodovia do Contorno, em Cariacica. O motivo é o aterro de um grande trecho de um corpo d' água que passa dentro da área da empresa e que tem causado prejuízos aos bairros vizinhos. 

Com faixas direcionadas à Transilva e ao prefeito Geraldo Luzia de Oliveira Júnior, o Juninho (Cidadania), os manifestantes pediam proteção ao Rio Santa Maria e ao meio ambiente do Espírito Santo. Um outro grupo também ateou fogo em pneus, o que chamou atenção da polícia, mas a manifestação se manteve pacífica, sem impedir o fluxo de veículos, não tendo então repressão. 

Em paralelo aos protestos na rua, a ONG protocolou denúncia no Ministério Público Estadual (MPES – OUV2019053036). Nela, a entidade anexa imagens aéreas da área desmatada e aterrada, localizada em Área de Preservação Permanente (APP), com fins de aumentar o espaço destinado ao armazenamento de veículos. 

Em fotos mais recentes, é possível ver a mudança na coloração da água, o que ilustra a reclamação dos moradores que aderiram à denúncia, de que a degradação estaria afetando o abastecimento de água do bairro Porto Belo 1, como decorrência direta do assoreamento do rio. 

O trecho degradado se localiza entre a mata preservada, onde corre o rio, e um pequeno trecho visível do mesmo curso d' água, ao lado de um pátio da empresa.

“A área aterrada tem cerca de cinco hectares”, estima o coordenador da ONG, Rafael Nunes. “Queremos que o Ministério Público investigue se a empresa tem licença ambiental. Se tiver, que identifique quem forneceu a licença. E se não houver, que determina o reflorestamento das margens e a recuperação total da APP”, declara. 

Durante o protesto, representantes da empresa alegaram regularidade da obra e informaram sobre a construção de uma praça em bairro popular do município, como forma de agradecer ao apoio da população. “É um cala-boca para as irregularidades ambientais que ela comete e deve ser investigado também”, acrescenta Rafael. 

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