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Núcleo de Apoio Sócio-Cognitivo do Espírito Santo busca financiamento

O Núcleo de Apoio Sócio-Cognitivo do Espírito Santo (Nasces) precisa de verba para construir o espaço físico necessário aos atendimentos de crianças, adolescentes e jovens com transtorno de desenvolvimento. Essa é a mensagem levada à Assembleia Legislativa nesta terça-feira (15), durante reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Saneamento, por iniciativa do deputado Hudson Leal (Republicanos). 

O Nasces pretende possibilitar a recuperação ou redução de danos dos pacientes com disfunções cognitivas, permitindo aos pacientes com dificuldades cognitivas e intelectuais superar as dificuldades de inserção na sociedade e habilitá-los para a inclusão escolar e a capacitação ao mercado de trabalho. Sua missão é promover diferentes abordagens para auxiliar no desenvolvimento cognitivo, considerando as características das síndromes ou patologias e particularidades de cada indivíduo. 

Aprovado em 2007 pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) como projeto de extensão, o Núcleo tem dado andamento, nesses doze anos, às ações de pesquisa. O atendimento ao público, porém, que é o objetivo central, ainda não pôde ser viabilizado devido à ausência de um espaço físico que abrigue a equipe multidisciplinar e multiprofissional necessária. 

“A pesquisa é o que a gente tem conseguido fazer funcionar, nos laboratórios da Universidade, principalmente o de Ciências Cognitivas e Neuropsicofarmacologia do Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas. Há vários projetos de extensão que conseguimos inserir no Nasces, que é um ‘guarda-chuva’ para todos eles”, explica a médica Ester Nakamura Palácios, professora titular do Departamento de Ciências Fisiológicas. 

O custo para a construção do prédio é orçado em R$ 4,5 milhões, incluindo a obra, o mobiliário e os equipamentos. A proposta está concorrendo a uma emenda parlamentar do deputado federal Felipe Rigoni (PSB), mas os coordenadores no Nasces acreditam que, mesmo que a proposta seja vencedora, será necessário complementar os recursos com outras fontes. “A Assembleia é uma vitrine para políticos e outras pessoas possam entender a proposta e apoiar”, entende a professora Mariana Rabello Laignier, do departamento de Enfermagem da Ufes. 

O terreno para a construção já foi cedido pela Ufes no campus de Maruípe, com 360m².  Medicina, Psicologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia … são muitas as ciências e profissões envolvidas na proposta, que objetiva apoiar crianças, adolescentes e jovens, bem como suas famílias, no desenvolvimento de pessoas com necessidades cognitivas especiais. 

A princípio, a equipe será formado por profissionais e pesquisadores que já pertencem ao corpo da universidade. Mas outros profissionais especializados serão necessários, explica Ester, o que vai demandar formas de incorporação de pessoas vindas de outras universidades ou do mercado. 

Uma primeira parceria já foi estabelecida entre o Nasces e a ONG Vitória Down, referência no Estado no apoio a pessoas com síndrome de down, por meio de um termo de cooperação, o que vem permitindo a realização de capacitações e pesquisas. 

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