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Orçamento 2020 e manifestação agitam o cenário político na Serra

Discordâncias em torno do Orçamento 2020 que começa a ser debatido na próxima semana e uma manifestação organizada por lideranças comunitárias voltam a movimentar a partir deste sábado (19) o cenário político da Serra, pondo em risco a trégua entre o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e a Câmara Municipal. 

Neste sábado, lideranças comunitárias e alguns potenciais candidatos a vereador em 2020 promovem uma manifestação, a partir das 8 horas, na avenida Central de Laranjeiras. O ato ocorre depois de solicitação feita a órgãos judiciais para reforçar a investigação visando apurar as declarações do prefeito Audifax Barcelos (Rede) sobre a existência de crime organizado na Câmara de Vereadores, registradas no último mês de abril.

Na Câmara, um bloco de vereadores não aceita o decreto do prefeito suspendendo uma alteração na Lei Orgânica, que retira dos vereadores a atribuição para alterar o orçamento com emendas impositivas. Treze vereadores, incluindo o presidente da Comissão de Finanças, Basílio Antonio Neves Santos, o Basílio da Saúde (sem partido), prometem buscar uma solução na Justiça, caso não haja um acordo com o prefeito.  

Já a manifestação popular tem como base o processo judicial decorrente de inquérito policial instaurado no rastro das declarações do prefeito, que apontou para a existência de uma organização criminosa no legislativo municipal, no auge do conflito entre os dois poderes.

No dia 8 desse mês, em ofícios encaminhados ao Ministério Público e Tribunal de Justiça, com cópias à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), o grupo solicita, também, apuração de irregularidades na prefeitura denunciadas pelos vereadores e a reabertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, suspensa pela Justiça. 

A manifestação reforça a decisão do desembargador Pedro Valls Feu Rosa encaminhada à Procuradoria do Tribunal de Justiça (TJES), em setembro passado, processo que já apura a prática de crime contra a honra no qual Audifax Baecelos é réu, a partir de denúncia formulada por 10 vereadores. O Zap Sociedade Civil Organizada, como o grupo se denomina, se reúne semanalmente em diferentes bairros do município. 

“O prefeito denunciou à imprensa que o crime organizado estaria patrocinando ações na Câmara da Serra para derrubá-lo do cargo. Diante da acusação, o presidente da câmara, vereador Rodrigo Caldeira, subiu à tribuna para devolver a acusação. Disse ele na ocasião que o crime organizado estaria sim, atuando na prefeitura, e alegou possuir provas”, afirma o documento do grupo, cobrando a devida investigação.

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