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Atingidos pela Samarco realizam Feira Popular de Saúde

Com quatro anos recém-completados do crime socioambiental originário do rompimento da barragem da Samarco/Vale-BHP em Mariana (MG), os atingidos foram percebendo uma série de problemas de saúde, que vão desde a contaminação pelas águas até danos psicológicos graves pela perda das fonte de trabalho e lazer nas comunidades ribeirinhas do Rio Doce. Nesta sexta-feira (15), o município de Baixo Guandu vai sediar um evento importante para sintetizar os acúmulos, problemas, demandas e alternativas na questão da saúde para as vítimas do crime.

Trata-se da Feira Popular de Saúde dos Atingidos do Espírito Santo, com programação a partir das 9h na Praça Getúlio Vargas. A primeira atividade será um ato público de abertura, contando com diversas autoridades como representantes das secretarias municipais de saúde de Baixo Guandu, Colatina, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra, do Conselho Estadual de Saúde, Ministério Público Federal, Comitê Interfederativo (CIF) e outros.

Às 10h acontece um debate com o tema “Os direitos à saúde dos atingidos”, tendo como convidados Neto Barros, prefeito de Baixo Guandu, Dulce Pereira, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Simone de Almeida, atingida e militante do  Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e Nésio Fernandes, secretário estadual de Saúde.

“As comunidades percebem uma piora na saúde coletiva, aumento de doenças e uma crescente insegurança quanto às condições de vida no ambiente que sempre viveram”, alega o MAB, que organiza a atividade.

Na parte da tarde, o movimento organiza oficinas e atendimentos em práticas integrativas de cuidado à saúde, apresentando diversas alternativas que podem contribuir para a melhoria da saúde física e mental das populações atingidas, como massagem, auriculoterapia, reiki, yoga, plantas medicinais e medição de glicose e pressão.

Também acontecem aulas de dança, capoeira e apresentações culturais, além de uma feira de alimentos saudáveis. A Feira Popular de Saúde será a última atividade no Espírito Santo da jornada A Vale Destrói, O Povo Constroi, organizada pelo MAB para lembrar e denunciar os quatro anos do crime no Rio Doce.

O encerramento da jornada de atividades no dia vai ser com um show do grupo de hardcore Dead Fish, que se apresenta no Festival Rock In Doce na mesma noite que a banda Notícias de Ontem e Sandrera e Sylvio Passos. No dia 16, o festival segue com apresentações de Casaca, Rastaclone e CrossPhoenix.

O Festival Rock In Doce acontece desde 2016 como um tributo ao Rio Doce e denúncia da irresponsabilidade das empresas mineradoras. “O Rock in Doce é um grito para que ninguém esqueça do crime ambiental patrocinado por estas empresas mineradoras, que priorizam o lucro em detrimento do bem-estar da população”, declarou o prefeito Neto Barros.

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