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Sugestão Netflix: Dhobi Ghat

A sinopse deste filme indiano me deixou com um questionamento: como escrever sobre o sistema de castas se eu não tenho a menor ideia do que seja isso? Mesmo assim, a curiosidade falou mais alto e resolvi experimentar o filme, correndo o risco de cometer erros graves devido à minha ignorância sobre o assunto. 

Um triângulo amoroso composto por pessoas de classes sociais distintas, uma economista que acaba de se mudar de Nova Iorque, um artista local e um ghati (lavador de roupa). 

O acaso une os personagens, começando pelo artista Arun, que conhece logo no início do filme a economista Shai numa exposição. Arun leva-a para casa após a festa, mas dispensa a moça no outro dia por ter, segundo ele, personalidade taciturna. Arun ainda aproveita a mudança de apartamento para fugir da pretendente, o ghati Munna serve de intermediário entre os dois porque presta serviço para ambos.

Shai usa-o para se aproximar do artista, ao mesmo tempo em que demonstra sutil interesse em Munna. Ela promete ajudá-lo com seu book fotográfico, se puder, em troca, fotografar seu trabalho. 

Arun encontra objetos pessoais dos ex-moradores no novo apartamento, fotos, acessórios e principalmente fitas de vídeo, gravações que retratam o dia a dia da moradora. O artista, que vivia uma crise de inspiração, consegue novas ideias acompanhando diariamente os depoimentos de Yasmin. 

Shai vira amiga de Munna, que lhe conta mais detalhes da vida de Arun. Apesar de ter sido rejeitada no primeiro encontro, Shai não consegue esquecê-lo. Ela aproveita o período de férias para praticar seu hobby, a fotografia. 

O filme pode ser lento demais para alguns, mas é bom. Coisa rara no catálogo da Netflix, a trama trata de temas espinhosos como violência, solidão, diferenças sociais e inadaptação, sem o sensacionalismo tosco do cinema nacional. 

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