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Fim do ano mostra cenário político embolado na disputa à Prefeitura de Vitória

Com pelo menos nove pretendentes à sucessão do prefeito Luciano Rezende (Cidadania), o ano de 2019 se encerra com um cenário em Vitória extremamente indefinido para as eleições de outubro de 2020. Desse grupo fazem parte quatro deputados estaduais e um federal, entre eles os três apontados no mercado político como os mais competitivos.

São eles o deputado federal Amaro Neto (Republicanos) e os estaduais Sergio Majeski (PSB) e Lorenzo Pazolini (sem partido). A candidatura do deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), que foi lançado com bastante antecipação e conta com o apoio do atual prefeito Luciano Rezende (Cidadania), ainda é vista sem consistência por lideranças políticas. 

Apesar de contar com o apoio de Luciano e da ligação do seu partido com o governador Renato Casagrande (PSB), que ainda não se pronunciou abertamente sobre o pleito, Gandini apresenta um fraco desempenho na Assembleia Legislativa e carrega o peso de uma passagem negativa do ponto de vista da gestão pública na Presidência da Câmara de Vitória, a partir de 2013. 

É de sua autoria o projeto Fiscaliza Vitória, lançado em outubro daquele ano, em ato político festivo, no clube Álvares Cabral, a um custo de mais de R$ 1 milhão. O programa, direcionado ao recebimento de denúncias das comunidades, foi desativado algum tempo depois de gastos com call center, compra de veículos e publicidade, sem demonstrar a que veio. 

Já Sergio Majeski, dos deputados estaduais, é apontado com um potencial muito elevado, não somente pelos 47 mil votos recebidos em sua reeleição para Assembleia em 2018, o primeiro lugar dos vitoriosos no pleito, mas pela condução de um segundo mandato marcado por uma atuação alinhada aos interesses coletivos, o que o leva a chocar-se com lideranças de seu partido, entre eles o governador Renato Casagrande.  

De qualquer forma é forte candidato e deve concorrer por outra sigla, aguardando a possibilidade de migrar para outro partido, que poderá ser a Rede. Se isso ocorrer, junta-se ao vereador Roberto Martins, que poderá ser seu vice. 

Os deputados Capitão Assumção (PSL) e Lorenzo Pazolini completam o quadro, o primeiro marcado por pronunciamentos polêmicos de incitação ao crime, motivo de processo de Corregedoria-Geral da Assembleia, embora se sustente na força da Polícia Militar. Já Pazolini, ainda sem partido, fica cada vez mais distante do PSL, que acaba de reforçar o nome de Assumção.  

Com o Republicanos, comandado por Erick Musso, presidente da  Assembleia, sua segunda opção, o mercado indica que sua pretensão foi anulada com a decisão de Amaro Neto de concorrer à Prefeitura de Vitória, embora essa situação ainda possa se alterar. Neste caso, Amaro cumpriria o mandato de deputado federal e sairia para disputar o governo em 2022. 

O coronel Nylton Rodrigues, ex-comandante da Polícia Militar na gestão Paulo Hartung, condutor dos movimentos para conter a paralisação da tropa em  fevereiro de 2017, é o mais recente candidato, lançado pelo partido Novo. Lideranças políticas o colocam abaixo do vice-prefeito Sérgio de Sá (PSB) e do presidente da Câmara de Vitória, Cleber Felix (Prog), que  vai para o DEM a partir de março, e de André Garcia (MDB), que pode sair da relação de cotados antes mesmo de ser considerado candidato. 

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