Segundo Crislayne Zeferina, integrante do Coletivo Beco, ocorreram casos de violência física e patrimonial nesse final de semana
O final da tarde desse sábado (2) foi de pânico no Território do Bem, em Vitória, mais precisamente no bairro Bonfim. Em meio à busca por um traficante, a Polícia Militar, segundo moradores, chegou ao local atirando a esmo, destruindo bens materiais e ofendendo verbalmente as pessoas. De acordo com a integrante do Coletivo Beco, Crislayne Zeferina, esse tipo de abordagem policial é constante na região e, após o último ocorrido, o poder público já foi acionado.
Crislayne relata que primeiro foram tiros de bala de borracha, que atingiram moradores, entre eles, crianças. Depois, de balas letais, deixando as casas marcadas com buracos e quebrando o cano de duas moradias. A integrante do Coletivo Beco afirma que os moradores dessas casas não têm caixa d’ água, acessando água da rua em dias alternados, mas com a quebra dos canos isso foi impossibilitado. “Essas pessoas, inclusive, estão desempregadas por causa da pandemia, não têm condições de comprar os canos, e a comunidade está se mobilizando para comprar tanto os canos quanto a caixa d’água”, explica.
A integrante do Coletivo Beco denuncia que na escola de ensino fundamental Zilda Andrade, em Bairro da Penha, dos mais de 200 alunos, apenas 16 receberam as cestas provenientes da merenda escolar. “A prefeitura divulgou que as famílias que receberiam as cestas seriam as cadastradas no CadÚnico. Agora diz que as famílias têm que estar abaixo da linha da pobreza. O que é linha da pobreza para a prefeitura de Vitória? Falta transparência. Quais são os critérios?”, questiona Crislayne.