Os dados estimam que 238 mil pessoas estão desempregadas no Espírito Santo no primeiro trimestre
A taxa de desocupação no Espírito Santo foi de 11,1% no primeiro trimestre de 2020, com uma população desocupada estimada em 238 mil pessoas, 16 mil a mais que no trimestre anterior e 21 mil a menos que no primeiro trimestre de 2019. No trimestre anterior, a taxa foi de 10,3% e, no mesmo período do ano anterior, de 12,1%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que mostram indicadores trimestrais por unidades da Federação. Os indicadores indicam crescimento do desemprego e ressaltam que, no País, mais de três milhões de pessoas procuram empego há dois anos ou mais.
A pesquisa indica taxa de desocupação, nível da ocupação, população ocupada, população desocupada, rendimento médio real de todos os trabalhos e taxa composta de subutilização da força de trabalho, seguindo recomendações internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O número de desalentados foi de 41 mil pessoas, sete mil pessoas a mais que no trimestre anterior e duas mil pessoas a menos que no primeiro trimestre de 2019. A população ocupada foi estimada em 1,898 milhão de pessoas, 33 mil a menos que no trimestre anterior e 20 mil pessoas a mais que no primeiro trimestre de 2019.
Quadro geral
A taxa de desocupação do País no primeiro trimestre de 2020 foi de 12,2%, subindo 1,3 pontos percentual em relação ao 4º trimestre de 2019 (11%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (12,7%), houve queda de 0,5 ponto percentual.
As maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%) e as menores em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%).
No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação foi estimada em 10,4% para os homens e 14,5% para as mulheres. A taxa de desocupação das pessoas que se declararam brancas (9,8%) ficou abaixo da média nacional, porém a das pretas (15,2%) e pardas (14,0%) manteve-se acima.
No período pesquisado, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,4%.
O Piauí (45,0%) apresentou a estimativa mais alta, seguido pelo Maranhão (41,9%) e Bahia (39,9%). Por outro lado, os estados onde foram observadas as menores taxas foram: Santa Catarina (10,0%), Mato Grosso (14,8%) e Rio Grande do Sul (15,9%).
O número de desalentados foi de 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais. O maior contingente na Bahia (778 mil), que respondia por 16,3% do contingente nacional. O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 1º trimestre de 2020 foi de 4,3%, crescendo 0,2% na comparação com o 4º trimestre de 2019 e estável em relação ao 1º trimestre de 2019. Maranhão (17,8%) e Alagoas (15,5%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,8%) e Rio de Janeiro (1,2%), os menores.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 75% do total de empregados no setor privado do País. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,8%), Paraná (82,1%), São Paulo e Distrito Federal, ambos 81,2%, e os menores no Maranhão (48,3%), Piauí (53,9%) e Pará (54,5%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 26,2%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (39,5%), Pará (35,2%) e Amazonas (34,3%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,3%), São Paulo (21,9%) e Santa Catarina (22,9%).
Em relação ao tempo de procura, no Brasil, no primeiro trimestre de 2020, 45,5% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 23,9% há dois anos ou mais, 12,6%, de um ano a menos de dois anos; e 18% há menos de um mês. No Brasil, 3,1 milhões de pessoas procuram trabalho há dois anos ou mais. Essa estimativa representa queda de 7,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019.