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Centros de Ensino da Ufes irão debater suspensão de calendário

Decisão tomada em reunião do Conselho de Ensino posterga a definição. Centros devem encaminhar posições até dia 28 

Após reunião na tarde desta terça-feira (19), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) não deliberou sobre a suspensão do calendário, mas decidiu que os centros de ensino devem debater a questão e encaminhar seus posicionamentos até o dia 28 de maio. A presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), Ana Carolina Galvão, explica que cada centro tem assento no Conselho, portanto, a discussão deve nortear os votos na próxima reunião, que ainda não tem data marcada.

Durante todo o dia, a Adufes realizou nas redes sociais a campanha “Suspende o calendário, Cepe!”. A associação, em nota divulgada nesta noite, declara que a Adufes continuará a defender a suspensão, reafirmando esse posicionamento em cada reunião, em cada conselho. “Estamos à disposição de nossa base. Cada conselheira e conselheiro pode nos chamar. Cada chefia, direção e qualquer docente pode nos procurar e nos convocar a participar de reuniões para trazer informações”, diz a nota.

A Adufes lamenta que a decisão tenha sido postergada. Para a associação, isso mantém a universidade na contramão do fortalecimento coletivo das instituições federais de ensino superior. “Julgamos fundamental que o debate seja feito de forma ampla e democrática”, afirma a Adufes, que relata solicitar há meses esse encaminhamento. “Assim, lastimamos que a Administração Central, que preside tanto o Cepe quanto o Conselho Universitário, esteja dando tratamento inaceitavelmente burocrático ao assunto e, com isso, mantendo docentes, técnicos e estudantes sem as devidas providências acadêmicas”, diz a nota.

Para o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representante dos estudantes no Cepe, Marcos Batista Araújo Herkenhoff, a deliberação de fazer os debates nos centros gera atraso em uma decisão que já deveria ter sido tomada. “Será mais uma etapa que atrasa uma definição importante e que está pendente desde março”, diz. Marcos afirma que o DCE é favorável à suspensão, mas defende também a garantia da manutenção da assistência estudantil.

“A suspensão não pode significar descontinuidade da política de assistência, deve ser a solução para um problema, e não a criação de outros”, diz o representante dos estudantes. Ele afirma que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci) chegou a sinalizar que a suspensão poderia impactar na assistência estudantil, mas depois afirmou que poderiam ser criados novos auxílios. Segundo Marcos, não foi explicitado que novos auxílios seriam esses. O estudante defende a possibilidade de remanejamento de benefícios que, no momento, não estão sendo utilizados, como o auxílio para material de consumo.

Já o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes), afirma a diretora Luar Santana de Paula, é favorável à suspensão do calendário. Entre os motivos está o fato de a suspensão acabar com a possibilidade de aulas virtuais em cursos presenciais.

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