Os tibetanos a chamavam Chomolungma, mas os ingleses tiveram a péssima ideia de mudar esse belo nome para Everest
O ponto mais alto do nosso conturbado mundo, o Monte Everest, foi conquistado em 29 de maio de 1953, pelos exploradores Edmund Hillary da Nova Zelândia, e Tenzing Norgay, do Nepal, que faziam parte de uma expedição inglesa. Os tibetanos a chamavam Chomolungma, Deusa Mãe da Terra, mas os ingleses tiveram a péssima ideia de mudar esse belo nome para homenagear Sir George Everest, um pesquisador inglês. Em 1975, a primeira mulher chegou ao topo do mundo: Tabei Junko, do Japão.
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A perigosa e histórica conquista do Everest só foi divulgada no dia dois de junho, como parte das comemorações da coroação da Rainha Elizabeth II, numa cerimônia na catedral de Westminster, que embora tenha seguido à risca mais de mil anos de tradições, foi pela primeira vez na história transmitida pela televisão. Quanta gente famosa e infamosa foi coroada ali: as rainhas Vitória, Catarina e Elizabeth I; Henrique VIII, famoso pelas seis esposas, algumas tendo também perdido a cabeça. Felizmente os monarcas absolutos caíram de moda, dando lugar aos ditadores tiranos absolutos. Mudam os títulos, a festança é a mesma.
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O mundo mudou, as tradições já não são religiosamente seguidas: um importante membro desta corte poderosa abdica dos títulos e privilégios a que tem direito como o sexto na linha de sucessão; o primeiro dessa linha privilegiada provavelmente vai abdicar do trono, se der a sorte de não morrer antes da mãe; e essa, mesmo tão aferrada às velhas e carcomidas tradições, também se adapta aos novos tempos, e optou por pagar seus impostos como qualquer assalariado britânico.
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Voltando à vida real, como se já não bastasse um mínimo vírus mortal rondando a área, a temporada dos furacões está chegando, e promete fazer estragos. Depois de uma fase violenta, nos últimos anos eles se acalmaram, dando um tempo para refrescar. Pois justamente agora resolveram recuperar a antiga fama, e vêm com tudo. Para ser respeitado, um aguaceiro tem que merecer um nome, ou seja, devem ser grandes o suficiente para serem batizados. Esse ano, 13 a 19 tempestades terão nomes, e talvez um deles seja o seu. Os furacões também estão vindo com tudo: a previsão é de 6 a 10, sendo que de 3 a 6 terão categorias assustadoras.
Para não dizer que coisas boas acontecem, TJennie Stejna, Massachusetts, foi hospitalizada com o coronavírus e se recuperou. Para comemorar a vitória, a centenária senhora, que até já havia se despedido da família, tomou cerveja. Light. A recuperação é mais significativa porque Tjennie é moradora de um lar de idosos, locais que estão sendo investigados pelo alto número de afetados pelo vírus.