O setor de Hortifrutigranjeiros foi o que teve principal alta, com 29,4%, seguido de Transportes
Esses dados estão na edição número 4 do Boletim da Receita Estadual: Impactos econômicos da Covid-19, disponibilizado publicamente no site da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e desenvolvido por auditores fiscais da Receita Estadual.
Outros setores que registraram aumento no faturamento de março a 15 de maio de 2020 foram o de Bebidas (20,9%), Alimentos (20,1%), Supermercados (18%), Produtos Farmacêuticos (14,7%), Insumos Agropecuários (10,3%) e Panificação (9,4%).
Os mais impactados foram Calçados (-63,8%), Joias e Relógios (-62,2%) e Vestuário (-58,2%). Também apresentaram queda Artigos de Ótica (-54,1%), Material Esportivo (-46,2%), Restaurantes (-43,7%), Cama, Mesa e Banho (-39,9%), Cosméticos (-38,5%), Móveis (-30,5%) e Combustíveis (-21,5%).
“Os dados identificados pelos auditores fiscais com base nos documentos fiscais eletrônicos confirmam a previsão de elevação do faturamento, durante a pandemia, dos setores de consumo essenciais como alimentação, bebidas e medicamentos”, comenta o auditor fiscal e diretor do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifiscal), Geraldo José Pinheiro.
“Em setores em que o consumo pode ser adiado, foi constatada redução substancial no faturamento, em especial no caso dos combustíveis, diretamente afetados pelas regras de distanciamento social que impõem diminuição da circulação de veículos”, argumenta.
Ainda segundo o auditor, a arrecadação de tributos estaduais no mês de maio deste ano apresentou queda em torno de 30%, (números que serão confirmados nesta semana), contemplando assim os fatos geradores ocorridos no mês de abril – período integralmente afetado pelas regras de isolamento social e permissão de funcionamento exclusivamente de atividades essenciais.