Iniciativa conecta pequenos empreendimentos e consumidores diante da crise do novo coronavírus
Depois de uma campanha de financiamento coletivo que superou a meta estabelecida, o aplicativo Sama Digital entrou no ar com a missão de fortalecer a economia criativa e pequenos empreendedores no município de São Mateus, no litoral norte do Espírito Santo.
Nos primeiros dias, o app já recebeu inscrição de mais de 50 empreendedores locais, que podem se cadastrar gratuitamente para oferecer produtos e serviços. “O resultado foi melhor do que eu esperava. É uma iniciativa que só tem apoio da sociedade civil e busca evocar uma economia solidária de verdade”, aponta Thiago Rabelo, idealizador do Sama Digital, cujo nome se refere ao carinhoso apelido que os moradores dão o município.
A plataforma Sama Digital traz também informações históricas e turísticas sobre São Mateus, uma seção de notícias e espaço para promoções, agenda de eventos, enquetes e textos enviados pelos usuários.
Devido ao sucesso da campanha de financiamento coletivo, o app teve sua manutenção garantida para ao menos um ano, sendo que antes estava previsto apenas seis meses. Para ajudar na manutenção do projeto sem cobrar dos pequenos empreendedores, o aplicativo deve abrir espaço para anúncios de empreendimentos locais de maior porte.
Como contrapartida social, o Sama Digital também está desenvolvendo um projeto junto às comunidades quilombolas do Sapê do Norte, região entre São Mateus e Conceição da Barra. Com parte da arrecadação da campanha, foram comprados materiais escolares e educativos para apoio às crianças e adolescentes que têm ficado em casa durante a pandemia.
Inicialmente estavam previstos 150 kits com papel, borracha, lápis de cor, massinha e outros materiais, mas depois do resultado, o quantidade foi ampliada para 400 kits, que serão entregues junto a 400 garrafas de sabão líquido desenvolvidos em parceria com o Laboratório de Processos Biotecnológicos (Ceunes/Ufes).
O projeto ainda vai desenvolver oficina para ensinar membros das comunidades quilombolas a desenvolverem seu próprio sabão a partir do reaproveitamento de óleo e considerando o PH correto para não agredir a pele de quem usa.