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Servidores do Ifes ameaçam greve contra retorno de aulas presenciais

Sindicato da categoria considera protocolos insuficientes diante da prioridade de salvar vidas durante a pandemia

Depois de uma assembleia geral realizada online, servidores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) aprovaram a entrada em estado de greve contra o retorno das atividades presenciais nos campi da instituição de ensino no Estado.

Organizados a partir do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Ifes, o grupo manifestou que a prioridade no momento deve ser preservar vidas, retornando atividades presenciais apenas quando trabalhadores e comunidade acadêmica possam estar seguros. “Protocolo algum será suficiente para assegurar a saúde de toda a comunidade acadêmica dentro dos campi”, alertou em nota o Sinasefe – Ifes.

O sindicato aponta que o estado de greve é um momento de reflexão e mobilização da base sobre a questão da possível volta às aulas e os trabalhos online. A assembleia criou uma Comissão de Mobilização para a tarefa, que deve incluir realização de assembleias locais online.

A atual situação de trabalho por meio das chamadas Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNPs) também preocupa a entidade sindical. “Os trabalhadore do Ifes passam por momentos delicados em suas residências e grande parte não tem capacitação para desenvolver as atividades não presenciais de maneira adequada. E alunas e alunos não foram preparados para participar da modalidade como agentes ativos do processo educacional”, apontou o Sinasefe.

Já na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o clima também é de mobilização dos trabalhadores. A campanha “Ufes contra o Ensino Remoto” foi lançada em parceria entre o Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes), Associação de Docentes da Ufes (Adufes) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), cobrando um diálogo com a Reitoria para tomar decisões sobre a realização de ensino remoto.

“Em vez de fortalecer a democracia universitária, a administração da Ufes aponta o ensino remoto como uma solução para o calendário acadêmico seguir em meio à pandemia de Covid-19”, diz a nota das entidades, que entendem que ao seguir as recomendações do Governo do Estadom que pensa em reabrir as escolas em agosto, a Reitoria vai na contramão da preservação das vidas.

Um vídeo foi lançado para apresentar a campanha:

As organizações que representam servidores, professores e estudantes apontam a necessidade de observar a ciência e as recomendações sanitárias em favor do isolamento social. “E, obviamente, com a Universidade se voltando para ajudar a reduzir os problemas de estudantes mais prejudicados pela não realização das atividades acadêmicas presenciais. Afinal, tem estudante que não tem internet e passando fome. Situações que mostram que a discussão em torno do ensino remoto não é a prioridade”, diz a nota

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