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Dório Silva será primeiro hospital a retomar leitos para outras doenças

Migração pode começar na próxima semana, se ocupação de leitos chegar a menos de 70%

Secom

O Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra, será o primeiro a retornar leitos hoje dedicados a pacientes Covid-19 para outros perfis. Havendo redução da ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para taxa menor que 70%, essa migração pode começar na próxima semana. A informação foi transmitida na tarde desta sexta-feira (24) pelo secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa realizada junto ao subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin. 

Na medida que essa migração de leitos avançar, a ocupação com Covid-19 voltará a subir para 70% ou 80%, sendo essa a faixa de segurança para as decisões de reversão do perfil de hospital. Quando a maioria dos hospitais já tiver revertido, ressaltou o secretário, “somente uma nova onda que leve pressão aos serviços hospitalares poderá reverter novamente para Covid”. 


A dinâmica passará a ser: acima de 80% de ocupação com Covid, retoma leitos para a especialidade. Baixando a menos de 70%, eles são disponibilizados para demais enfermidades. Dessa maneira, a Sesa irá “ajustar o tamanho da rede hospitalar de acordo com o comportamento da epidemia no Espírito Santo”.


Ensino à Distância
Nésio Fernandes voltou a enfatizar a “necessidade de todas as instituições de ensino incorporarem tecnologias de Ensino à Distância, a prepararem os seus planos pedagógicos para atividades à distância, semipresenciais”.

O motivo, explicou, é que “é muito possível que nós tenhamos que manter uma quantidade importante de atividades escolares e acadêmicas a partir das metodologias de EaD, que exigem a incorporação de tecnologias para que todos os alunos consigam ter acesso aos mesmos”.

A decisão sobre retorno das aulas presenciais, sublinhou, “será pactuada, construída e dialogada”.

O subsecretário Reblin, que tem participado da maioria dos debates sobre o assunto no Grupo de Trabalho (GT) da Secretaria de Estado da Educação e de outras situações, disse que o retorno em agosto é “muito improvável”.

Recursos federais
O secretário de Saúde reafirmou a crítica sobre o apoio do governo federal aos estados e municípios no enfrentamento da Covid-19, dizendo que “menos de 40% dos recursos disponíveis para a pandemia” foram disponibilizados até o momento, o que dificulta a realização de “ações mais ousadas e robustas no enfrentamento da pandemia”, bem como “prejudica o equilíbrio das contas públicas”.

Média móvel de óbitos caiu
Citando um recente aperfeiçoamento do Painel Covid, os gestores informaram que a média móvel de óbitos corrige diferenças bruscas dos números diários, principalmente nos fins de semana, que “fazem parte de uma avaliação temporária do comportamento da doença”. “A média móvel permite descrever linearmente o comportamento médio real da doença”, pontuou Nésio Fernandes, lembrando que o Estado já viveu um pico de 40 óbitos/dia, estando agora com uma média de 25 a 26 óbitos, segundo a média móvel de sete dias.

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