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Jornalismo e assessorias

Ao serem preteridos, os jornalistas mais antigos carregarão com eles uma verdadeira riqueza informativa para lugar nenhum

Em seu livro Cemitério de elefantes, o escritor e jornalista cachoeirense Sergio Garschagen tenta mostrar, com esse título, a troca impiedosa que o novo jornalismo faz com os verdadeiros jornalistas em prol dos mais novos, que denomino “jornalistas nerds”. Ao serem preteridos, os jornalistas mais antigos carregarão com eles uma verdadeira riqueza informativa para lugar nenhum.

Em certa parte do livro, uma coisa me tocou e chamou muita atenção. Na página 95, no segundo parágrafo, Sergio cita o jornalista Ivson Alves, da assessoria de imprensa da Petrobras, que disse, se referindo ao novo jornalista, que prefere trabalhar numa rentável assessoria de imprensa, do que ser um verdadeiro jornalista, ou seja, um romântico jornalista. O termo romântico sintetiza tudo que um jornalismo requer e que não é mais assim:

“A autoexclusão está cada vez mais alcançando os mais novos e não raro muitos deles chegam às redações com o único objetivo de conhecer a realidade delas e pular para a assessorias no mais tardar aos 30 anos de idade”.

Só que tem um pormenor aí. Quando o jornalista passa a ser um assessor de imprensa de algum lugar, ele perde com isso uns 50% de sua capacidade de influir em alguma coisa, principalmente na própria imprensa. Uns conseguem pela popularidade entre os colegas, mas nunca pela sua capacidade jornalística. Isso salvo as empresas que prestam assessorias. Estamos nos referindo aos assessores de imprensa individuais a serviço de empresas, pessoas jurídicas ou políticos.

Dificilmente um assessor de imprensa se interfere junto a outro jornalista numa entrevista de seus clientes. Por isso levam um “pré-release” que, às vezes, só eles entendem. Não profetizando, mas vai chegar um dia em que essa pseudo interferência “jornalista” vai acabar. De primeiro, as redações eram bombardeadas com “releases” e informativos, que tentavam influenciar os redatores e editores. Hoje isso praticamente acabou. Passou para a Internet. Abre quem quer, não tem aquela papelada chata, acumulando lixo.

Muitas coisas mudaram e ainda vão mudar. Até nossa experiência profissional deixou de ser respeitada. Seria um novo conceito de jornalismo ou seriam as influências do capital prejudicando a função da verdadeira comunicação?

PARABÓLICAS

A Rede SIM produz muitos programas locais na Record News. E detém duas das maiores redes de rádios (Massa e Transamérica).

Grande figura do gossip, Reuber Dirr prova que acompanha essa coluna, citando trechos nas suas redes sociais.

Até hoje, o clipe que fizemos de Same Mistake (James Blunt) ganha diariamente em nossa página no Youtube, média de 50 novos adeptos.

Claudia Gregório quer colocar seus 36 anos de Gazeta em livro. Vai, Claudia, que é uma boa experiência.

MENSAGEM FINAL
Se Deus quisesse, poderia ter feito de nós uma só nação, porém Ele nos põe à prova. Vá você aonde for, em qualquer e todo lugar, tente ser o mais bondoso que puder, tente ser bom, e então chegará o dia em que Deus nos unirá a todos. Alcorão

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