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Restam dois

Sem Marcelo, disputa pelo palanque palaciano em Cariacica segue entre Euclério e Saulo Andreon. E aí, governador?

Leonardo Sá/Redes sociais

Com o martelo do deputado estadual Marcelo Santos (Podemos) finalmente batido nesta quinta-feira (30), oficializando que não será candidato a prefeito em Cariacica, as movimentações se intensificam para delimitar o território da disputa, já que seguiam amarradas à espera da decisão. Com os nomes até agora colocados, Marcelo seria uma peça de peso na disputa e o principal nome ligado ao governador Renato Casagrande, cujo apoio no município permanece “nas internas”. Na atual configuração, a disputa pelo palanque palaciano fica entre as pré-candidaturas do também deputado Euclério Sampaio (DEM) e do ex-vereador Saulo Andreon, do PSB, partido do governador. Os dois estão em campo, realizando reuniões com lideranças e partidos, incluindo encontros com a vice-governadora Jaqueline Moraes (PSB), que tem reduto eleitoral no município, e garantem, até segunda ordem, que são nomes de cabeça de chapa. Apesar de Andreon ser do PSB, Euclério cada vez mais vincula o Palácio Anchieta à sua campanha. Já fez live com Jaqueline, se posiciona como os mais leais dos governistas nas sessões virtuais da Assembleia Legislativa, e nesta semana, gravou mais uma live com outro integrante da equipe de governo, o secretário de Estado de Segurança Pública, Coronel Alexandre Ramalho. O anúncio de Marcelo, que garantiu mesmo assim participar ativamente do pleito, apoiando um candidato do mesmo grupo e em sintonia com Casagrande, é outro fator que lança a peteca eleitoral pra Euclério. Os jogadores estão próximos de se posicionarem definitivamente, mas continua a pergunta, agora mais do que nunca: e aí, governador?

‘Dá liga’
Nesta quinta, após o anúncio, Euclério rasgou elogios ao colega de plenário em publicação nas redes sociais para comentar a decisão: “sábia e lúcida”, destacou, referindo-se ao discurso de Marcelo de que permanecerá na Assembleia para “ajudar Cariacica e o Estado neste momento de crise e pós-pandemia do coronavírus”.

Quem vai?
Outra pergunta que também permanece em aberto no município é o apoio do prefeito Juninho (Cidadania), que até agora não desceu do muro. Pelo menos publicamente. Orbitam ao redor dele o vice Nilton Basílio (PDT), o ex-deputado estadual Sandro Locutor (Pros) e o vereador Joel da Costa (PSL).

Todos os lados
E tem mais: qual é o plano, de fato, da vice-governadora? Primeiro cotada como candidata à prefeitura apoiada pelo governo, Jaqueline negou o projeto e logo apareceu apoiando Saulo Andreon. Depois foi se chegando pro lado de Euclério e se movimenta, ainda, em prol do marido, o ex-vereador Adilson Avelina (PSC).

Juntos
Há poucos dias, Avelina aderiu a um bloco que reúne o vereador Celso Andreon (PSD), irmão de Saulo, Dr. Jovarci Motta (DC) e Dr. Hélcio Couto (PP). Todos se declaram pré-candidatos a prefeito e dizem que o objetivo é legitimar os nomes, propor debate público sobre Cariacica, e discutir cenários pós-pandemia. E depois do funil, quem lidera?

Direita x esquerda
No mais, tem a candidatura do Subtenente Assis, que deixou o PSL e tenta de todo jeito colar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro. E, pra esquerda, a da professora Célia Tavares (PT), apoiada pelo ex-prefeito e deputado federal Helder Salomão, considerado até o final deste ano, quando desistiu da disputa, o favorito. O PCdoB também tem candidato, Dr. Heraldo Lemos.

Apadrinhado
Em Viana, o prefeito Gilson Daniel (Podemos), ao contrário de Juninho, “desencantou” e confirmou, enfim, seu candidato à sucessão. O ex-secretário e ex-chefe de governo, Wanderson Borghardt Bueno (Podemos), quem terá que apresentar ao eleitorado. O prefeito diz que mantém um leque de alianças de oito partidos.

Pra depois
As votações das reformas da Previdência municipais, alvo de protestos dos servidores, foram adiadas nesta quinta em Vitória e Cariacica. No primeiro caso, os projetos foram retirados de pauta, por falta de acordo. No outro, o legislativo emitiu um comunicado de suspensão da sessão, sem mais detalhes. Ponto principal de insatisfação: aumento da alíquota de 11 para 14%, independentemente do valor do salário.

Pra depois II
As decisões ocorrem no mesmo dia em que o Ministério da Economia, como esperado, adiou o prazo para estados e municípios aprovarem suas reformas na Previdência. A pressa de alguns prefeitos, como o de Vila Velha Max Filho (PSDB), que efetivou as mudanças em plena pandemia e sem debate, foi duramente criticada.

Muito antes
O governador Renato Casagrande foi ainda mais rápido nesse gatilho. Como citado aqui recentemente, até agora, somente 13 das 27 unidades da Federação aprovaram os critérios mais duros para o funcionalismo. A gestão estadual aprovou tudo no final de 2019, passando a valer no início deste mês.

PENSAMENTO:
“O intelecto nunca descansa até conseguir audiência”. Sigmund Freud

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