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Moradores protestam por construção de creche em Guarapari

Manifestação criticou instalação de um Centro Pop no lugar onde era prometida a instituição 

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No final da tarde desta segunda-feira (3), moradores do bairro Perocão, em Guarapari, realizaram um ato pelas ruas do município. O motivo é a cobrança por uma demanda antiga: a criação de uma creche no bairro. O estopim da mobilização foi a destinação pela prefeitura do imóvel inicialmente previsto para a instituição educativa para a construção de um Centro Pop, com objetivo de atender à população em situação de rua.

“Queremos respeito, nossa creche é por direito” foi o lema principal da atividade em que moradores percorreram as ruas com cartazes e chegaram a parar parte de uma das avenidas. “Temos no bairro aproximadamente 350 crianças em idade entre 0 e 5 anos. Se as mães quiserem deixar na creche para trabalhar, precisam levar as crianças para os bairros vizinhos”, afirmou Climeni Araujo Rodrigues, moradora do bairro e participante do ato que reuniu quase 150 pessoas. Ela aponta que a decisão da prefeitura foi feita sem nenhuma consulta, audiência pública ou debate.

A gestão do prefeito Edson Magalhães (PSDB) informou que a creche será construída em outro espaço mais amplo no bairro, com previsão de licitação para construção este ano e término da obra em 2021.

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Mas não é só a falta de creche que incomoda os moradores do Perocão. Há também uma clara oposição à presença do Centro Pop no bairro. Segundo eles, o bairro não possui população em situação de rua numerosa, o que não justificaria a presença de tal equipamento público. “O projeto configura uma política de higienização, de tirar o problema do Centro e trazer para a periferia, ou seja, tenta resolver um problema complexo de forma simples, com imediatismo”, questiona Climeni.

Perocão está a cerca de 7km do Centro, 6 km de Muquiçaba e 4 km da Praia do Morro, locais que possuem maior quantidade de população em situação de rua. Para acessar o serviço, essa população teria que realizar longos deslocamentos a pé. Em resposta ao jornal local Folha Online, a prefeitura alegou que a acessibilidade foi um dos critérios para a escolha do local, por estar próximo a um ponto de ônibus.

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