O comércio terá uma concessão excepcional de funcionamento neste fim de semana do Dia dos Pais. Em todos os municípios, mesmo com risco alto, o comércio de rua poderá funcionar neste sábado (8) de 9h às 15h e, nos shoppings, de 12h às 18h. Os restaurantes poderão abrir no domingo (9) também em todas as cidades.
“Devido à contribuição que o comércio já deu a esse processo todo de quase cinco meses, com fechamento nos dias das Mães e dos Namorados, vamos autorizar extraordinariamente esse funcionamento. Depois, voltam as medidas qualificadas da matriz de risco”, justificou o governador Renato Casagrande, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6). “Peço que todos colaborem, vendedores, consumidores, proprietários de comércios. Não é momento de fazer interação, é preciso manter o distanciamento”, pediu.
As concessões excepcionais referem-se aos municípios de risco alto, onde, segundo as novas medidas qualificadas que passam a valer neste sábado (8), o comércio de rua será permitido de segunda a sexta-feira, de 10h às 16h, podendo ser de terça a sábado, de 9h às 15h, em municípios com até 70 mil habitantes. Já os restaurantes funcionarão de segunda a sábado, até às 18h, incluindo os de shoppings centers.
As novas medidas, para os municípios de risco moderado, ampliam a abertura dos estabelecimentos comerciais, que agora poderão funcionar também aos sábados. O comércio de rua, de 9h às 15h, e nos shoppings, de 12h às 20h. Para os restaurantes, a flexibilização permitirá funcionamento todos os dias, com atendimento ao público, até às 18h. Nesses municípios também foram liberadas as atividades aeróbicas individuais – tais como, esteira, bicicleta ergométrica, simulador de escada – nas academias de ginásticas, respeitando a distância mínima de quatro metros entre as pessoas. Bares continuam fechados.
Nos municípios de risco baixo, passará a valer a abertura de restaurantes e bares, de segunda a sexta-feira, sem restrição de horário.
A entrada de crianças continua proibida nos shoppings centers, pois o Estado entende esse grupo como grupo de risco.
Nos próximos dias, anunciou Casagrande, uma nova Matriz de Risco será apresentada, contemplando as mudanças no comportamento do coronavírus no Estado.
“Começamos a pandemia oficialmente em março, com o pico entre 10 e 20 de junho, o ápice. Em julho começou, primeiro na Grande Vitória, uma estabilização. Não estamos em queda, houve apenas uma redução do crescimento, com estabilização em algumas regiões, mas crescimento ainda em outras regiões”, resumiu o governador.
“O Estado conseguiu reduzir a velocidade de transmissão, a letalidade, a demanda por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a demanda por atendimento nas unidades de saúde por Síndrome Respiratória. São quatro indicadores de que a pandemia está em queda no Espírito Santo”, avalia.
“Não dá mais pra trabalhar o isolamento como única medida, temos que pedir pras pessoas fazerem outras coisas. De 21 de março até metade do mês de maio, foram quase dois meses de isolamento mais forte. Mas chega uma hora que o isolamento se esgota, por necessidade econômica ou psicológica. Então pedimos especialmente agora para manter o distanciamento social, o uso de máscara e os protocolos de higiene”, orientou Casagrande.
“O número de mortes ainda é muito alto. É preciso manter os cuidados. É o único caminho pra continuar reduzindo o contágio e aumentar o número de curados, que hoje é de mais de 84%”, expôs.
Aulas
Sobre as escolas, Casagrande disse que “nós temos muita vontade de voltar com as aulas presenciais, mas estamos em dúvida”. Algumas regiões do Estado, disse, estão com o índice de transmissão (Rt) ainda acima de 1, como o litoral sul, centro-oeste e Caparaó.
“E não é só o índice de transmissão que estamos atentos. A letalidade ainda está alta. Ainda estamos no dia 6, vamos ver se a redução das mortes se consolida nos próximos dias. Há uma expectativa de que poderemos voltar em setembro”. O protocolo está pronto, mas há uma dúvida sobre educação infantil”, disse.
Painel Covid-19
O Painel Covid-19 confirmou 1,3 mil casos e 20 óbitos nesta quinta-feira (6), totalizando 88.543 e 2.666, respectivamente, até o momento. O número de curados chegou a 74.568 e a letalidade baixou para 3%.