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Inquérito sorológico escolar será parâmetro de decisão sobre retorno

Em diversos países escolas têm sofrido surtos de contaminação, sendo novamente fechadas

O inquérito sorológico da comunidade escolar será um dos parâmetros usados pelo governo do Estado para decidir sobre o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo. A informação foi transmitida pelo subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (11). 

O modelo estatístico de testagem por amostragem, que represente o universo dos alunos e professores, está sendo construído pela Secretaria de Saúde (Sesa). A intenção é realizar a primeira testagem ainda durante a suspensão das aulas presenciais e uma segunda, “ao longo do possível retorno das aulas pra acompanhar possível crescimento ou não da doença”, disse Reblin.

O inquérito sorológico se somará a outros parâmetros já estabelecidos para determinar o momento de retorno, entre eles o índice de transmissão (Rt) menor que 1, a redução do número de internações e de mortes decorrentes da doença. “Estamos finalizando os critérios de retorno às aulas. Os protocolos já foram elaborados, com o comportamento dos professores e o que se propõe de comportamento dos alunos”, disse.

Reblin afirmou ser necessário que o mês de agosto se consolide como mês de transição, para que se chegue em setembro com menor número de óbitos e casos graves. Assim será possível garantir a testagem em massa e o isolamento de todos os sintomáticos e a identificação dos contatos deles.

“Ao longo do mês de agosto vamos preparar esse período de transição e ter condições de domínio sobre a doença”, explanou, considerando que já há uma redução significativa de óbitos e casos críticos, especialmente na Grande Vitória, pois no interior o número de casos já é maior que na região metropolitana.

A Sesa, declarou, “tem buscado diálogo com demais secretários brasileiros para que possamos adotar uma intervenção conjunta desse tema, e que as experiências de outros possam nos ajudar e nossa experiência possa ajudar outras unidades da federação”.

O subsecretário alega ainda haver uma controvérsia, entre os países que já passaram pela fase mais aguda da doença, havendo os que apontam risco baixo de transmissão entre crianças e das crianças para suas famílias, e os que apontam risco elevado.

No noticiário internacional, é possível acompanhar o fechamento de escolas em vários países nesse início de agosto, em função de surtos de contaminação. Na Alemanha, por exemplo, conforme noticiado pela imprensa nacional e internacional, autoridades do distrito de Rostock anunciaram na última sexta-feira (7) a suspensão do retorno das aulas remotas em duas escolas devido à confirmação de contaminação de um aluno e uma professora. Isso, apenas quatro dias após a retomada das aulas presenciais.

Ambas as escolas ficam em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental (norte), primeira região da Alemanha a retomar as aulas, na segunda-feira (3), após o período de isolamento provocado pela pandemia de Covid-19. Cerca de 150 mil alunos da província voltaram às escolas.

Nos Estados Unidos, segundo informações divulgadas nesse domingo (9), 97 mil crianças foram contaminadas em duas semanas e 25 morreram durante o mês de julho em função da doença. “Escolas em diversos estados estão reabrindo, mas os diretores enfrentam problemas para garantir a segurança dos alunos”, diz reportagem da Exame.

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