Munah Malek é socióloga, 32 anos, negra, e ativista dos movimentos negro e das mulheres
“Não sou pré-candidata à vice-prefeita e sim a co-prefeita”, afirma Munah Malek, socióloga de 32 anos, negra, ativista dos movimentos negro e das mulheres, e pré-candidata do Psol nas eleições municipais de novembro deste ano, na chapa encabeçada por Gilbertinho Campos, que a apresentou nesta segunda-feira (17).
A declaração de Munah aponta para uma maior participação da mulher na gestão pública. “As mulheres não podem mais ser vistas como laranja ou peças decorativas na política”, aponta. “A gente participa, estamos no mesmo patamar de briga, junto com Gilbertinho, Camila Valadão e André Moreira [pré-candidatos a vereador]”, acrescenta, ressaltando: “com muito orgulho”.
Para ela, é um desafio mudar a política “nessa cidade segregada. É por isso que estamos alinhadas com as propostas do povo, com entusiasmo para fazer uma nova política”.
Munah Malek, que tem mestrado em história pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), destaca que pretende ver Vitória como uma cidade negra e feminista. “Nossa chapa tem 80% de pessoas negras, de 21 a quase 70 anos”, ressalta.
Ela destaca que desenvolve os trabalhos juntamente com os pré-candidatos a vereador, a fim de fortalecer a participação de todos no processo.
Ao apresentá-la, Gilbertinho Campos, destacou essas características, “cujas raízes formam a base do partido”. Como Munah, o pré-candidato a prefeito de Vitória é uma liderança e ativista do movimento negro no Espírito Santo, que defende um amplo debate para “desmascarar a extrema direita”.
Ele fixa o olhar no “artifício criminoso das fake news para demonizar os movimentos sociais e, ao mesmo tempo, rejeita “qualquer apoio ou aliança com partidos com o DNA de Bolsonaro, que não querem dialogar”.
O nome de Gilbertinho foi escolhido no mês passado, à unanimidade, reunindo as correntes que compõem o partido no Espírito Santo, além de militantes independentes, como ele próprio, que é ativista do Instituto Elimu e coordenador nacional do Círculo Palmarino, dois importantes núcleos de defesa do movimento negro.
Apoiaram a pré-candidatura conhecidas lideranças do Psol no Estado, como André Moreira, ex-candidato ao governo em 2018, e a ex-deputada estadual Brice Bragato, com quem Gilbertinho é casado, da Aliança Popular Socialista (APS), e ainda as Brigadas Populares, Primavera Socialista, Liberdade e Revolução Popular.
Pré-candidato do Psol em Vitória defende debate e rejeita ‘DNA de Bolsonaro’
