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Mostra exibirá seleção de 27 videoclipes capixabas

Cineclube Música Capixaba e Imagem em Movimento terá mostra de vídeos, debates e shows no formato digital

Clipe de “Todo mundo é mais famoso que eu”, de Izar, dirigido por João Paulo Rocetti e Lucas Duarte

No mercado musical contemporâneo, o videoclipe tem sido para muitos artistas a principal estratégia de lançamento de seus trabalhos. A novidade não vem mais do disco completo e físicos, e sim da obra audiovisual divulgada gratuitamente pela internet. Para além do mainstream onde abundam recursos, os artistas independentes também investem na produção de seus videoclipes.

No caso do Espírito Santo, uma crescente que terá uma mostra por meio do Cineclube Música Capixaba e Imagem em Movimento, que entre os dias 8 e 11 de setembro exibe 27 produções selecionadas em evento online, transmitido sempre a partir das 19h pelos canais do Panela Audiovisual no Facebook e YouTube.

Trata-se de um panorama da produção capixaba nos últimos anos, incluindo obras de ritmos variados como reggae, rap, funk, rock, MPB e pop, e também narrativas diversas utilizando a linguagem audiovisual. “A ideia é falar mais sobre o conceito de videoclipe, que muitas vezes não está tão claro nem para quem o produz este gênero do audiovisual”, explica Luiz Eduardo Neves, idealizador do projeto.

As exibições das obras serão seguidas de debate com os realizadores que produziram os clipes. No encerramento de cada dia também haverá um show, tendo como convidados Junior Conceito, João Onze, Marsu Frontini e Manfredo.

“Até a popularização da banda larga, o videoclipe tinha como principal canal a MTV”, lembra o organizador do cineclube, que busca consolidar o espaço e importância do audiovisual na difusão musical. “É uma janela de exibição aberta especialmente para o gênero atualmente mergulhado no suporte digital”, explica.

O projeto é um desdobramento e ampliação da proposta iniciada em 2012 a partir do Cine Rap, que exibia as principais produções de clipes do rap capixaba. Agora o cineclube ganha maior alcance de ritmos e logo também de público.

“Ipanema Parati”, videoclipe do Suspeitos na Mira produzido por Judeu Marcum foi feito em formato vertical, pensando na interface do celular

O coordenador do projeto entende que a produção feita no Espírito Santo não deixa a desejar nem musicalmente nem em termos audiovisuais. “A mensagem das letras das músicas é potencializada e ganha novos significados por meio dessas imagens em movimento das produções selecionadas. As tecnologias acessíveis tornaram possível que artistas passassem a produzir vídeos com o mesmo ritmo dos samplers e com a competência das grandes produções nacionais”.

Luiz Eduardo afirma que assim como a video-arte, o videoclipe é um campo de experimentação dentro do audiovisual, que por muito tempo esteve relegado dos festivais de cinema por ser considerado apenas como uma ferramenta para vender outro produto, que é a música. No entanto, aos poucos, esse cenário vem sendo desconstruído e os videoclipes sendo vistos também como produções audiovisuais e ocupando espaços nos festivais e editais de cultura.

E a presença deste produto é evidente. “Hoje estamos consumindo cada vez mais a canção por meio do vídeo. Basta ver os números de views do YouTube. Dos 30 vídeos mais assistidos dessa rede social, apenas três não são videoclipes”

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